Estamos a meio da participação de Portugal na Expo 2025 Osaka e o balanço não poderia ser mais encorajador: já alcançámos um milhão de visitantes o que mostra uma curiosidade real por Portugal. Uma curiosidade que se pode traduzir em oportunidades de negócio, parcerias e mais investimento e comércio para o país.

A participação de Portugal nesta Exposição Mundial não é apenas uma montra do que temos e fazemos de melhor. É, sobretudo, uma afirmação estratégica da relação com o Japão, uma das maiores economias do mundo situada numa das suas regiões mais dinâmicas, e do lugar que Portugal ambiciona ocupar no diálogo global.

Quase cinco séculos depois da chegada dos portugueses a Tanegashima, e de uma ligação que se tem mantido viva pautada por respeito, amizade e uma vontade genuína de cooperação, é tempo de nos reencontrarmos com o Japão e mostrar o Portugal de hoje.

Sob o tema “Oceano, Diálogo Azul” e com um Pavilhão concebido pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, bem conhecido de japoneses e portugueses, estamos a apresentar um país contemporâneo, inovador e sustentável, centrado numa causa comum a Portugal e ao Japão, ambos grandes países marítimos. Este tem sido, aliás, um palco ideal para mostrar o potencial do País - da economia azul à mobilidade, das energias renováveis ao digital, das universidades ao poder local e regional -, bem como a riqueza da cultura portuguesa nas artes visuais e performativas, incluindo na arquitetura, na literatura, no cinema e na gastronomia.

Num contexto internacional marcado por incertezas, a relação Portugal-Japão ganha um novo significado: é um capital simbólico e diplomático que merece ser renovado e aprofundado. Queremos que a visita ao Pavilhão de Portugal inspire os japoneses, e muitos outros visitantes internacionais, a visitar o país como turistas, estudantes, empresários ou investidores.

A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), que coordena esta participação, tem feito um trabalho notável na promoção das empresas portuguesas, articulando eventos, missões e ações de diplomacia económica que maximizam o impacto da nossa presença. Na mesma linha se inscreve a ação do Turismo de Portugal. Esta é, portanto, uma Expo pensada não apenas para mostrar, mas para conectar e é essa visão pragmática que devemos celebrar.

Portugal está presente com ambição, criatividade e consistência. Está a ser visto, ouvido e, acima de tudo, entendido. Num mundo que cada vez mais deve procurar pontes, a Expo 2025 Osaka é também mais uma etapa importante no caminho de aproximação entre povos, entre Portugal e o Japão.

Que saibamos aproveitar este momento e que esta participação deixe marcas duradouras no tecido das nossas relações bilaterais.