Iniciativas como o diálogo sobre questões financeiras e a luta contra a droga "provam perfeitamente que, desde que a China e os Estados Unidos cooperem, podemos alcançar muitas coisas grandes", disse o ministro, numa conferência de imprensa, em Pequim.

As relações entre as duas maiores potências mundiais deterioraram-se nos últimos anos devido a diferendos no comércio ou sobre o estatuto de Taiwan, cuja soberania é reivindicada por Pequim.

Na semana passada, as autoridades taiwanesas afirmaram que a China realizou os maiores exercícios militares no mar em torno da ilha em vários anos, mas Pequim não confirmou.

Washington defende oficialmente o status quo no Estreito de Taiwan, mas é o principal fornecedor de armas de Taipé, o que irrita Pequim.

A política da China em relação aos Estados Unidos "não mudou", sublinhou Wang Yi.

A China "defende a estabilidade global" nas relações entre as duas grandes potências, mas "opõe-se firmemente à agressão ilegal e irracional dos Estados Unidos, em particular à sua interferência grosseira em questões relacionadas com os assuntos internos da China, como Taiwan", reiterou.

"Devemos reagir com firmeza e vigor, defender resolutamente os nossos próprios direitos e interesses legítimos e salvaguardar as normas fundamentais das relações internacionais", insistiu o chefe da diplomacia chinesa.

Com a tomada de posse do Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, a 20 de janeiro, Wang Yi disse que "espera que a nova administração dos EUA faça as escolhas certas, trabalhe com a China na mesma direção, elimine quaisquer perturbações, ultrapasse obstáculos e esforce-se por alcançar um desenvolvimento estável, saudável e sustentável das relações China-EUA".

 

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