O patriarca de Lisboa, Rui Valério, lamentou esta quarta-feira a morte de Aga Khan, recordando "a longa cooperação do Patriarcado de Lisboa com a Fundação Aga Khan em prol do bem comum".

Numa nota publicada divulgada esta quarta-feira, Rui Valério evoca, "de forma particular, o compromisso pela melhoria das condições de grupos marginalizados".

"Este trabalho conjunto foi e é testemunho do empenho que as religiões podem ter na construção de uma sociedade mais justa, fraterna e humana", acrescenta o patriarca de Lisboa.

Aga Khan, fundador e presidente da Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN), e líder dos muçulmanos xiitas ismailis, morreu na terça-feira em Lisboa, aos 88 anos.

Shah Karim al Hussaini, príncipe Aga Khan, 49.º Imam hereditário dos muçulmanos ismaelitas, nasceu na Suíça, cresceu e estudou no Quénia e nos Estados Unidos, e tem ligações ao Canadá, Irão e França, e nos últimos anos também a Portugal, com a escolha de Lisboa para sede mundial da comunidade ismaelita, "Imamat Ismaili", tornando-a uma referência para os cerca de 15 milhões de muçulmanos da minoria xiita.

A Rede Aga Khan para o Desenvolvimento (AKDN) tem atividades em Portugal e no estrangeiro na área da cultura, da moda e dos festivais, da educação, com apoio a universidades, do ambiente, a ajudar a preservação de sítios, da área social, da sustentabilidade ou da saúde.