Segundo o eurodeputado do PSD, esse projeto-piloto foi aprovado com "um orçamento inicial de 2 milhões de euros" que será alocado para infraestruturas, aquisição de equipamento de investigação e recrutamento de pessoal especializado.

O Observatório vai também apoiar iniciativas de 'networking' destinadas a promover a colaboração com instituições de investigação internacionais, empresas e decisores políticos, segundo Paulo do Nascimento Cabral.

O eurodeputado, citado numa nota de imprensa, disse que a criação do Observatório Europeu do Mar Profundo (OEMP/EDSO) será fundamental para a compreensão dos ambientes marinhos, na promoção de uma economia azul sustentável e para gerir os recursos oceânicos de forma eficaz.

"Só podemos proteger aquilo que conhecemos e o Observatório Europeu do Mar Profundo promoverá a cooperação entre a UE em matéria de investigação, conhecimento científico, tecnologias de monitorização inovadoras e informará os decisores políticos para a sua gestão sustentável", destacou o eurodeputado, citado na mesma nota.

Paulo do Nascimento Cabral evidenciou a "localização ideal" do arquipélago açoriano, a "notável diversidade geológica" do arquipélago, abrangendo a Dorsal Médio-Atlântica, montes submarinos, fontes hidrotermais, zonas de fratura e encostas de ilhas, o que cria "um vibrante laboratório natural para uma exploração científica inovadora".

Além disso, os Açores serão equipados com um novo navio de investigação e o "Tecnopolo MarTec", um "cluster especializado dedicado ao avanço das ciências do mar profundo, melhorando significativamente as capacidades de investigação da região", acrescentou Paulo do Nascimento Cabral.

"Tenho defendido que a UE tem de ter uma nova estratégia para o Atlântico, porque é o Atlântico que nos permite conhecer o mar profundo, conhecer o espaço e ter relações com os nossos territórios vizinhos como o Canadá, EUA, mas também África, Reino Unido e América do Sul", concluiu.

APE // JLG

Lusa/Fim