Operação Tutti-Frutti: acusados do PSD vão continuar a desempenhar funções

A direção de Luís Montenegro exigiu a saída de dois deputados do Parlamento, mas não vai retirar a confiança política aos autarcas envolvidos no caso.

Os acusados do PSD na operação Tutti-Frutti vão continuar a desempenhar os cargos autárquicos, avança o Observador.

A direção de Luís Montenegro exigiu a saída de dois deputados do Parlamento, Carlos Eduardo Reis e Luís Newton, mas não vai retirar a confiança política aos autarcas envolvidos no caso.

Assim, vão manter-se no cargo os presidentes das juntas de freguesia da Estrela, Areeiro e Santo António, e o vereador de Barcelos.

Para justificar a decisão, o PSD/Lisboa argumenta que os presidentes de junta foram "eleitos pelo povo" e que "os eleitores já conheciam muitos dos factos quando os elegeram na última vez".

Luís Newton pediu esta terça-feira a suspensão do cargo de deputado, mas continua a desempenhar funções como presidente da junta de freguesia da Estrela, líder da bancada municipal do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa e presidente da concelhia do PSD/Lisboa.

• Processo Tutti-Frutti: quem são os principais arguidos e do que estão acusados?

A operação batizada de "Tutti-Frutti" investiga desde 2018 alegados favorecimentos a militantes do PS e do PSD, através de avenças e contratos públicos, estando em causa suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido.