O Presidente-eleito, Donald Trump, está em Paris e vai poder encontrar-se com vários líderes mundiais, ainda que não esteja ainda, oficialmente, na Casa Branca. Está a sua primeira deslocação ao estrangeiro já como Presidente-eleito e a primeira vez que sai dos Estados Unidos desde 2023. O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deve estar presente, e pode encontrar-se com Trump, apesar de ainda não haver certezas sobre isso, pelo menos publicadas nos jornais internacionais.

Esta oportunidade diplomática na questão ucraniana acontece apenas dias depois de Zelensky ter dito à Sky News que, para ser possível chegar a um cessar-fogo, o território que a Ucrânia controla teria de ser colocado “sob a alçada da NATO” - permitindo negociar a devolução do restante território mais tarde “de uma forma diplomática”.

Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido, não deve comparecer e Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos, também não.

Uma reconstrução em tempo recorde

A catedral de Notre-Dame, um dos templos católicos mais famosos do mundo e ex-líbris da cidade de Paris, será devolvida aos parisienses, por fim, depois do violento incêndio que causou a sua destruição parcial, a 15 de abril de 2019. Nos últimos cinco anos, andaimes e tapumes cobriram não só as marcas profundas deixadas pelas chamas como os danos infligidos pela água e mangueiras de grandes dimensões usadas pelos bombeiros nos trabalhos de extinção e rescaldo.

À semelhança do que aconteceu na cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, em julho, 6000 polícias e militares vão garantir a segurança na capital durante o fim de semana. Será proibido o acesso à Île de la Cité, parte de Paris onde se situa a catedral, exceto para hóspedes e prestadores de serviços.

Alguns detalhes da reedificação merecem olhar mais atento, como grande parte da madeira usada para reconstruir o telhado ter sido serrada à mão e, em seguida, lapidada com machados, para replicar o aspeto das vigas do século XIII. A limpeza de 40 mil metros quadrados de pedras no interior do templo foi feita com recurso a aspiradores potentes, o que permitiu devolver luminosidade ao espaço. Além disso, os pedreiros aplicaram os princípios da arquitetura gótica para renovar o teto abobadado.

Uma boa surpresa nasceu de um episódio triste como este: a descoberta por arqueólogos de zonas subterrâneas muito anteriores à construção da catedral, nos quais repousavam ossadas, entre elas as que se acredita pertencerem ao poe­ta renascentista Joachim du Bellay. O projeto de reconstrução teve um custo aproximado de 700 milhões de euros.