
“Estamos no encerramento de um debate do Programa de Governo, um Programa de Governo que foi o mais escolhido durante três actos eleitorais e que foi amplamente reforçado na última eleição de 23 de Março", começou por afirmar Jaime Filipe Ramos, na intervenção no encerramento do debate do programa do XVI Governo Regional.
“Um Programa que foi condicionado e adiado por vontade de alguns deputados aqui presentes, que ao longo dos últimos meses, preferiram andar a fazer jogos de corredor, condicionaram o Governo a governar, escolhendo o caminho da Instabilidade, prejudicando fortemente o cidadão", lembrou.
Jaime Filipe Ramos destaca a estabilidade para quatro anos que os madeirenses querem e, assim, "agora resta à Oposição aceitar a execução das medidas de um Programa legitimado".
“Vamos assumir a nossa responsabilidade de governar e legislar, assumimos a nossa disponibilidade para continuar a dialogar e a negociar com todos os Partidos, mas não nos peçam para desviar ou trair um rumo de compromisso que assumimos com a nossa população", garante.
O líder parlamentar do PSD considera que “dialogar e negociar, com quem sempre esteve disponível é uma obrigação", mas assegura que a maioria não se vai "distrair com quem nunca quis e sucessivamente negou dialogar e negociar, mesmo quando os madeirenses desejavam e aguardavam".
Este é um Programa de Governo de dois partidos, PSD e CDS, "mas o mais importante é que estamos perante um Programa de Governo escolhido maioritariamente pelos Madeirenses e Portossantenses".
Depois deixar uma mensagem clara à oposição, abordou algumas áreas de governação que constam do programa do Governo, nas áreas da Saúde, da Educação, Finanças, Apoios Sociais e Ambiente.
"Em contraponto, assistimos estes dias a uma promoção de críticas, um vazio de ideias e de alternativas credíveis, onde imperou e impera muito demagogia, e onde chegamos ao ponto de assistir partidos que aqui tudo exigem, mas que onde governam pouco ou nada praticam", acusa.
O parlamento assistiu a partidos, diz Jaime Filipe Ramos, "assumem que vão fiscalizar como se tal fosse uma novidade, com tal não fosse a sua obrigação, até pasme-se, assumem que serão o verdadeiro “adubo”, estranha revelação, mas que mais parece, uma confissão da política de esgoto que os caracterizam".
O caminho da destruição, garante, "nunca será o caminho de uma construção, muito menos de uma construção credível".
Jaime Filipe Ramos considera que a bancada da oposição é um "balão cheio, já cheio de soberba, outro balão vazio e bem murcho e ainda um balão cheio de hélio guiado à distância. Depois queixam-se dos resultados eleitorais, como a incompetência pudesse ser premiada apenas por desejo e não como vontade".
Os madeirenses, sublinham, manifestaram a vontade de serem liderados pelo PSD "e o PSD percebeu que a Estabilidade obrigava a um acordo com o CDS, correspondendo com a exigência popular".
"Agora temos um Governo estável, renovado e capaz, tal como foram os anteriores Governos, onde permitam-me que destaque o papel dos ex-secretários e as suas equipas. Obrigado ao Pedro Ramos, obrigado ao Rogério Gouveia, obrigado ao Pedro Fino, obrigado à Ana Sousa e obrigado à Rafaela Fernandes pela vossa entrega e estamos certos que ainda muito têm para dar à nossa Madeira", afirmou.
Jaime Filipe Ramos também comentou as próximas eleições legislativas nacionais.
"Os portugueses têm agora uma nova oportunidade de avaliar quem está em melhores condições para liderar um Governo, quem está melhor preparado para os desafios que enfrentamos", afirmou.
Portugal, diz o deputado do PSD, "não pode continuar adiado e a Madeira também precisa de um Governo Nacional estável e disponível para o diálogo, sem qualquer discriminação partidária, como hoje é fácil de comprovar, pois em 11 meses, um Governo liderado por Luís Montenegro fez mais pela Madeira do que em 9 anos com um Governo liderado por António Costa".
A população da Madeira, alerta, "não pode desperdiçar votos com quem não fará a diferença na Assembleia da República e muito menos com quem nunca hesitou em castigar os madeirenses. A possibilidade de termos dois governos, dois líderes em diálogo e em negociação é algo que nos deve dar esperança no futuro", afirma.
Jaime Filipe Ramos conclui a intervenção garantindo que, hoje, os madeirenses "podem sentir que valeu a pena a escolha a 23 de Março" e que será possível, "finalmente, libertar a Madeira e o Porto Santo dos jogos partidários e de corredor, hoje acabou o tempo de quem usou o voto para bloquear e não avançar, hoje é tempo de governar e governar bem".