A Trust in News (TiN), empresa detentora de títulos como a Visão, Exame, Jornal de Letras ou Caras, foi declarada insolvente pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste. Os funcionários estão esta quarta-feira em protesto.
Cerca de 140 trabalhadores concentraram-se esta tarde no Largo do Camões, em Lisboa, num protesto por melhores condições de trabalho, depois do Plano Especial de Revitalização da empresa ter sido reprovado há cerca de um mês.
Os funcionários reclamam salários em atraso.
Rui Rocha da Silva, da comissão de trabalhadores, realça que os funcionários querem encontrar uma “solução de futuro”.
“Temo-nos apoiado uns aos outros. Sabemos que podemos contar uns com os outros. Não desistimos uns dos outros nem das nossas publicações. Queremos continuar a trabalhar”, afirma.
O responsável faz um apelo: que apareçam pessoas interessadas em investir. Vontade não falta.
A Trust in News foi declarada insolvente. São 16 revistas e jornais em risco de deixarem de existir. 140 trabalhadores em risco de ficarem desempregados.
Em atraso estão dois meses de salário. O subsídio de natal está em suspenso, mas não só.
Manuel Halpern, delegado sindical do Jornal de Letras, diz que ainda falta receber o subsídio de férias e que há seis subsídios de alimentação em atraso.
Os que restam mantêm-se graças a soluções alternativas que tiveram de arranjar para sustentar as famílias e agarram-se ao instinto de missão.
A Assembleia de Credores foi marcada para o dia 29 de janeiro e a reclamação dos créditos tem um prazo de 30 dias.
O Sindicato dos Jornalistas já pediu uma audiência ao Presidente da República para debater a crise no grupo e tentar encontrar uma saída para o problema.