A cantora Madonna critica as medidas do Presidente do Estados Unidos que revogam os direitos da comunidade LGBT+, depois de Donald Trump ter assinado ordens executivas para afastar militares transgénero das forças armadas. Considera-as "muito tristes" e pede que não se desista da luta pela liberdade.
Durante a campanha, prometeu acabar com a "ilusão dos transgéneros". Assim que tomou posse, garantiu que os Estados Unidos só vão reconhecer dois géneros: masculino e feminino.
Já esta semana, assinou várias ordens executivas para aquilo que chama de remodelação das forças armadas. O objetivo é excluir pessoas transgénero. Na sua ótica, quem a identidade sexual do militar transgénero "conflitua com o compromisso do soldado com um estilo de vida honrado, confiável e disciplinado".
No mesmo dia, a cantora americana Madonna criticou Donald Trump, no X, antigo Twitter. Numa publicação, com uma foto sua a acompanhar e o emoji de uma bandeira da comunidade LGBT+, escreve que é "muito triste" o Governo norte-americano estar a "desmantelar liberdades conquistadas".
"É muito triste ver como o nosso Governo está gradualmente a desmantelar todas as liberdades pelas quais lutámos e conquistámos ao longo dos anos. Não desistam da luta!", escreve a artista.
Ação judicial para contestar decisão de Trump
Está a ser preparado o primeiro processo judicial para contestar a ordem executiva assinada por Donald Trump na segunda-feira.
Shannon Minter, diretor jurídico do Centro Nacional para os Direitos das Lésbicas, esclarece que a lei é "muito clara" quando determina que o Governo não pode basear políticas na reprovação de grupos específicos de pessoas.
"É preconceito. E pressupõe-se que leis baseadas em preconceitos são inválidas e inconstitucionais", acrescenta.
Não há números oficiais do número de pessoas transgénero nas fileiras, contudo, deverão ser cerca de 15 mil.