Ministro Castro Almeida põe em causa existência da direção executiva do SNS e quer Marques Mendes na corrida presidencial rapidamente

O ministro da Coesão Territorial só vê vantagens em que Luís Marques Mendes anuncie em breve que é candidato a Presidente da República, mas não está certo de que o cargo de diretor executivo do SNS deva continuar a existir

ANTONIO P FERREIRA

Manuel Castro Almeida, ministro Adjunto e da Coesão Territorial, admite que a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS) pode ou não continuar a existir, dependendo da sua eficácia, que, para já, avalia negativamente. “Não está a correr bem”, declarou, em entrevista ao "Público" e à "Rádio Renascença". Na mesma entrevista, o governante apela a Marques Mendes que lance a candidatura presidencial tão brevemente quanto possível.

Tal como Luís Montenegro, o ministro comentou a polémica com o antigo diretor executivo do SNS remetendo para a responsabilidade da tutela anterior: "São agora imputadas a Gandra d' Almeida situações que, a ser em verdade, ocorreram no mandato do Governo anterior. Este Governo não sabia, nem tinha como saber, que a acumulação de funções que ele exercia era ilegal."

Crítico do cargo criado para gerir o Serviço Nacional de Saúde, Castro Almeida reconheceu que a sua existência é para ser avaliada, não constituindo um dogma. "É preciso reconhecer que não está a correr bem. Demitiu-se a primeira pessoa que ocupou o lugar, demitiu-se a segunda. Está agora nomeado um terceiro (…) A questão de haver ou não uma direção executiva no SNS é uma questão que pode estar sempre em aberto."

"Vejo várias vantagens em que não demore demasiado tempo", disse Castro Almeida sobre a eventual candidatura de Luís Marques Mendes às presidenciais de 2026. "Não sei se vai ganhar as eleições na primeira volta. Eu queria, em primeiro lugar, que Marques Mendes aceitasse e decidisse ser candidato." O ministro considerou que o almirante Gouveia e Melo não é o melhor candidato para as funções, defendendo ainda que "deve ir para a Presidência da República quem estiver melhor preparado politicamente" e o antigo militar "em matéria política" ainda não provou o seu valor.

Quanto às autárquicas, não admitindo que Pedro Duarte é o candidato do partido para o Porto, Castro Almeida diz gostar da ideia: "O que eu lhe direi é que se ele for candidato está muito bem preparado para o lugar e acho que o Porto ficaria muito bem servido com ele."