
Milhares de marroquinos manifestaram-se hoje em Rabat, em solidariedade com o povo palestiniano da Faixa de Gaza e em protesto contra os ataques militares de Israel e dos Estados Unidos ao Irão.
A manifestação foi convocada pelo Grupo de Ação Nacional pela Palestina e contou sobretudo com a presença de simpatizantes de movimentos islamistas e da esquerda, segundo noticia a agência EFE.
Empunhando cartazes e entoando palavras de ordem, os participantes manifestaram o seu apoio à resistência armada palestiniana e o repúdio pela morte de civis em Gaza, assim como pelos recentes bombardeamentos às instalações nucleares iranianas pelos Estados Unidos.
A marcha partiu da histórica praça Bab el Had e terminou em frente ao Parlamento marroquino, no centro da cidade, ouvindo-se frases como "a resistência não se humilha, de Rabat a Teerão", ou o "Irão resiste, os reacionários negoceiam", numa referência aos países árabes que normalizaram relações com Israel.
Num comunicado lido no final, pelo dirigente Abdelhafid Eseriti, o grupo organizador reafirmou o apoio "incondicional" ao povo palestiniano, sublinhando que enfrenta "uma guerra dupla, o extermínio e a fome".
O texto expressou também solidariedade com a "resistência" iraniana perante o que classificou como "agressão sionista apoiada pelos Estados Unidos".
No sábado, em Washington, madrugada de domingo na Europa, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que foram atacadas, com sucesso, três instalações nucleares iranianas, materializando os primeiros bombardeamentos norte-americanos no atual contexto de escalada entre Israel e o Irão.
Israel e Marrocos restabeleceram relações diplomáticas em dezembro de 2020, num acordo mediado pelos Estados Unidos, através do qual Washington reconheceu a soberania marroquina sobre o Saara Ocidental.