A edição de 2025 do Mesclarte – Cimeira Atlântica das Indústrias Criativas, evento que se tem afirmado como uma referência no panorama cultural regional, foi apresentada oficialmente esta tarde, reunindo representantes institucionais, artistas e parceiros que integram esta iniciativa multicultural.

A nova edição, marcada para 14 de Junho, sob o tema: ‘Economia Laranja – O que é e qual a sua importância’, promete reforçar o cruzamento de expressões artísticas dos territórios banhados pelo Atlântico, mantendo o foco na criação colaborativa, na diversidade e na descentralização da oferta cultural.

O programa, a exemplo de edições anteriores, será vasto com a inclusão de exposições, performances, residências artísticas, debates e outras actividades.

A abrir a apresentação, Sérgio Nóbrega, presidente da direcção da Associação das Indústrias Criativas, reiterou a aposta redobrada na internacionalização e no diálogo entre saberes tradicionais e práticas artísticas contemporâneas. Agradeceu ainda a todos os envolvidos que tornam possível esta 11.ª edição, sobretudo por “terem percebido que a economia laranja, a economia criativa era uma das peças fundamentais do puzzle da economia circular (…), é preciso abrir cada vez mais os olhos às pessoas que fazem parte deste ciclo criativo, unir esta tribo do pensamento, a tribo da massa cinzenta”.

Bruno Pereira, vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal, considerou que as indústrias criativas são uma parte importante da “visão estratégica” que o seu Executivo tem para a cidade do Funchal, sendo disso exemplo a aposta no Centro Cultural e de Investigação do Funchal. Lembrou que o espaço acolhe, por estes dias, a Bienal Design do Funchal.

O autarca deu exemplos de como a economia laranja revolucionou parte de grandes cidades, sobretudo após o declínio industrial que tiveram no pós-guerra, e considerou mesmo estas parte fundamental para posicionar a Região na Macaronésia. “Não estamos a falar somente de uma oferta cultural, estamos a falar em criação de riqueza, estamos a falar numa oportunidade para as indústrias mais novas poderem aqui encontrar a sua criação económica. E o Funchal tem todas as condições para isso”, assegurou.

Por fim, coube ao secretário regional de Turismo, Ambiente e Cultura elogiar a “saudável teimosia” da Associação das Indústrias Criativas na realização desta iniciativa. “Nós sabemos que os recursos e os meios são sempre parcos para as ideias que temos, mas isso não limitou a capacidade de acção e de intervenção desta associação. Pelo contrário, todos os anos têm-se reinventado, todos os anos têm inovado e todos os anos têm prestado à Madeira uma experiência diferente”.

O governante fez questão de dizer que “quando estamos fechados sobre nós próprios não crescemos, não evoluímos, não somos diferentes. Acabamos por entrar num ciclo que não nos permite horizontes mais largos”, daí que esta cimeira venha alimentar, ainda mais, porque a Madeira já está a “fazer bem” na área da cultura, a criatividade.

A apresentação contou ainda com Medeiros Gaspas (Diretor Regional da Cultura); Nini Andrade Silva (Homenageada de Mérito e Excelência da Edição 2025); Jon Luz (Artista de Cabo Verde convidado para a edição 2025); Ricardo Miguel Oliveira (Diretor do DN / TSF) parceiros media do evento; Licínia Macedo (Apresentadora da edição 2025), para além dos oradores confirmados na edição 2025.

Mesclarte’25 continua a “fazer pontes”
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