Mais da metade dos médicos do Serviço Nacional de Saúde também trabalham no privado. Um estudo do Centro de Planeamento e de Avaliação de Políticas Pública, citado pelo jornal Público, indica que apenas 31% dos profissionais querem permanecer no público. No privado, as taxas de retenção baixam para 27,5%.

São vários os fatores que contribuem para estes números. Entre eles, as condições do local de trabalho, a conciliação entre a vida pessoal e profissional e o vencimento. Os mais jovens são os mais insatisfeitos com a profissão e em maior risco de burnout.

Quando se fala dos enfermeiros a situação é diferente. Mais de 75% dos enfermeiros trabalham para um prestador de serviços do SNS, e apenas 24,3% assumem ter mais do que um emprego (e nestes casos a maioria fá-lo entre SNS e privado).

Os autores do estudo alertam para a necessidade de diminuir o cansaço destes profissionais, mas também de haver um maior reconhecimento, especialmente daqueles ainda em início de carreira.