O Livre voltou a estar campanha em Lisboa, distrito onde nas últimas eleições elegeu dois deputados e onde agora ambiciona eleger ainda mais. Esta quinta-feira, Rui Tavares foi até ao Mercado de Benfica, onde defendeu a redução do IVA de 23 para 21%.

O líder do Livre referiu que a direita só fala em baixar o IRC, que beneficia grandes empresas, e que outros falam em baixar o IRS, mas dos mais ricos, e que do IVA ninguém fala. Rui Tavares lembrou que este imposto aumentou de 21 para 23% ainda antes da ‘troika’ e que assim continua.

O dirigente do Livre pediu, no entanto, cautela a outros partidos, uma vez que a medida tem de ser negociada a nível europeu.

“O Livre é a favor da baixa do IVA, de regressar aos 21% e diminuir nos bens de primeira necessidade, mas o Livre não tem metas de promessas concretas em relação a isso porque depende da situação macroeconómica que nós tivermos, precisamos de ser muito honestos com as pessoas", noto u.

Ressalvou ainda que é preciso "ter cuidado" porque o primeiro-ministro, Luís Montenegro, gastou o que tinha em caixa a fazer campanha eleitoral. "E nós vivemos num mundo muito incerto, não sabemos se a crise económica está aí ao virar da esquina", atirou.

As críticas ao Chega

Rui Tavares criticou ainda o líder parlamentar do Chega por ter dito que André Ventura não podia ficar internado ao lado de ciganos.

Depois de o presidente do Chega ter sido internado no Hospital de Faro, onde ficou num quarto isolado, Pedro Pinto questionou se era esperado que André Ventura ficasse num quarto normal, onde poderia estar, por exemplo, “ao lado de um cigano”.

“Acho extraordinário que alguém simplesmente não pense que André Ventura, se estivesse numa enfermaria, como qualquer um de nós, estaria ao lado de uma pessoa. Uma pessoa que, muito provavelmente, como todos nós, também contribuiu e ajuda o Serviço Nacional de Saúde a prestar o serviço que parece ter sido bem prestado a André Ventura”, declaro u Rui Tavares.

O líder do Livre acusou ainda o presidente do Chega de, no passado, ter criticado o hospital onde agora foi assistido, com direito a quarto próprio.

“Pergunto-me o que diria André Ventura e o Chega se isto se tivesse passado com qualquer outra pessoa”, atirou.

De resto, ainda em referência ao presidente do Chega, Rui Tavares disse não querer contribuir para “dar mais atenção” a quem é “obcecado por atenção”.

Com Lusa