
No jantar de aniversário dos 51 anos do PSD, que reuniu cerca de 1.800 pessoas no Centro de Congressos de Lisboa, João Pedro Louro disse até compreender esse voto há um ano.
"Ao fim de oito anos de governação socialista, era natural que a revolta fosse muito grande. Mas digam-me uma ideia, uma proposta do Chega que tenha melhorado a vida dos jovens: não há, não existe", afirmou, pedindo aos jovens que "não se deixem enganar outra vez".
O líder da JSD considerou até que cada voto neste partido é, mais do que "um voto perdido", "um voto útil no PS".
Antes, o presidente dos Autarcas Social-Democratas, Pedro Pimpão, saudou um dos lemas da campanha da AD (coligação PSD/CDS).
"Deixem o Luís trabalhar, porque quem conhece o Luís sabe que se o Luís trabalhar o país avança e o país melhora", apelou.
Antes da intervenção de Luís Montenegro, discursou também o secretário-geral dos Trabalhadores Social-Democratas, Pedro Roque, e foi exibido um filme onde surgiram vários líderes do partido, tendo as imagens Pedro Passos Coelho recebido muitos aplausos, tal como as do atual primeiro-ministro.
Perto das 21:00, Luís Montenegro chegou com a mulher, e acompanhado pelo presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, a antiga titular do cargo Assunção Esteves e a primeira vice-presidente do partido, Leonor Beleza.
No jantar, marcam presença muitos membros do Governo, deputados do PSD, com uma mesa reservada para o parceiro de coligação, o CDS-PP.
Vieram também ao aniversário social-democrata dois antigos membros da IL: a antiga candidata à liderança do partido Carla Castro -- como convidada e assinalando à Lusa ser "um sinal" esta sua presença - e Paulo Carmona, que já se filiou, entretanto, no PSD, "de forma discreta".
Além dos hinos da campanha -- como o "Deixa o Luís trabalhar" -, hoje ouviram-se todos o hinos das várias lideranças tocados por uma banda ao vivo e foram distribuídas a todos os participantes bandeiras com o primeiro logótipo do PSD e um pin com a seta símbolo do partido.
Antes do discurso de Montenegro, foram cantados os parabéns ao partido - com Montenegro a apagar as velas - e transmitidas pequenas mensagens dos ex-líderes do PSD que hoje participaram num almoço na sede nacional, com a grande ovação da sala a pertencer, mais uma vez, a Passos Coelho, seguida no entusiasmo pela saudação às palavras do antigo Presidente da República Cavaco Silva, com gritos de "Cavaco, Cavaco".
Foi também lida uma mensagem do militante número um do PSD, Francisco Pinto Balsemão, que não pôde estar presente por razões de saúde, defendendo que o PSD continuar a ser um partido essencial à democracia.
SMA // JPS
Lusa/fim