O Governo ucraniano declarou estar pronto para assinar um acordo sobre os recursos minerais, incluindo o petróleo e o gás, com a administração Trump, adianta o "Financial Times". Isto acontece depois de os EUA terem desistido da exigência de receber 500 mil milhões de dólares em potenciais receitas provenientes da exploração dos recursos. Descrevendo o entendimento como uma forma de melhorar as relações com os EUA, as autoridades de Kiev esperam que o acordo facilite um compromisso de segurança a longo prazo com aquele país.

“O acordo sobre os minerais é apenas uma parte do cenário. Ouvimos várias vezes da administração americana que faz parte de um quadro mais vasto”, disse Olha Stefanishyna, vice-primeira-ministra e ministra da Justiça da Ucrânia, que liderou as negociações. Palavras que contrastam com a indignação generalizada provocada pelos termos do acordo inicial proposto por Donald Trump, apresentado como uma forma de a Ucrânia reembolsar os EUA pela ajuda militar e financeira desde a invasão da Rússia, em 2022.

Após Zelensky ter rejeitado o texto original, Trump acusou o líder ucraniano de ser um "ditador". Já a mais recente versão do acordo, finalizada a 24 deste mês, "prevê a criação de um fundo para o qual a Ucrânia contribuirá com 50% das receitas provenientes da 'futura monetização' dos recursos minerais detidos pelo Estado, incluindo petróleo e gás, e da logística associada. O fundo investiria em projetos na Ucrânia", observa o "Financial Times". Porém, o texto omite um dos principais aspetos em que Kiev havia insistido para aceitar o acordo: a garantia de segurança por parte dos EUA.