
A verba faz parte do programa de Aceleração Extraordinária de Receitas (ERA) para a Ucrânia do G7, que visa fornecer a Kiev 50 mil milhões de dólares (43,8 mil milhões de euros) para necessidades de reconstrução e defesa, segundo o diário Kyiv Independent.
O jornal adianta que o empréstimo será pago com recursos provenientes de cerca de 300 mil milhões de dólares (263 mil milhões de euros) em ativos soberanos russos imobilizados nas contas dos membros do G7, constituído pelas democracias mais industrializadas do mundo.
"O Japão é um exemplo brilhante de solidariedade internacional, tendo-se tornado num dos principais parceiros da Ucrânia na nossa luta pela liberdade e dignidade", afirmou o ministro das Finanças da Ucrânia, Serhii Marchenko, após assinar o acordo com o embaixador do Japão em Kiev, Masashi Nakagome.
O governante ucraniano referiu que o empréstimo tem um prazo de vencimento de 30 anos e será utilizado para apoiar as necessidades orçamentais prioritárias da Ucrânia e contribuir para a recuperação e o desenvolvimento do país.
Marchenko agradeceu ao Governo e ao povo do Japão por este apoio, bem como por toda a assistência financeira recebida desde o início da invasão da Rússia, em fevereiro de 2022, e que disse ascender a mais de 8,5 mil milhões de dólares (7,4 mil milhões de euros).
De acordo com a agência Ukrinform, a iniciativa ERA do G7 visa fornecer à Ucrânia 50 mil milhões de dólares, sendo que 20 mil milhões serão disponibilizados pela União Europeia (UE).
Em dezembro de 2024, Kiev assinou um acordo com a UE para estabelecer o Mecanismo de Cooperação de Empréstimos da Ucrânia, permitindo que os lucros dos ativos russos congelados sejam utilizados para pagar empréstimos de 45 mil milhões de euros ao abrigo da estrutura do ERA.
No âmbito do programa, os Estados Unidos transferiram mil milhões de dólares para a Ucrânia em dezembro de 2024.
Em janeiro de 2025, a UE disponibilizou os primeiros três mil milhões de euros da sua parcela do empréstimo.