
A purga às agências federais norte-americana continua. Desde que o Presidente Donald Trump tomou posse, a 20 de janeiro, e desde que o ‘czar’ da sua Administração, Elon Musk, assumiu o Departamento de Eficiência Governamental, já foram despedidos 9500 funcionários.
O número é avançado pela agência “Reuters”, que indica que, a este número, somam-se os cerca de 75 mil funcionários públicos federais que aceitaram o processo de rescisões amigáveis que a Administração Trump propôs no final de janeiro.
Elon Musk, o homem mais rico do mundo, foi mandatado por Trump para liderar o novo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE no acrónimo em inglês, como o nome da criptomoeda), cujo objetivo é “desmantelar a burocracia governamental, reduzir a regulamentação excessiva, cortar nas despesas desnecessárias e reestruturar as agências federais”, como já explicou o Presidente norte-americano.
Musk — que defende uma redução de 75% dos cerca de 2,3 milhões de funcionários públicos federais — está empenhado, juntamente com Donald Trump, em emagrecer a burocracia, a mão-de-obra e a administração públicas.
Estes 9500 trabalhadores que foram demitidos “tratavam de tudo”, escreve a agência de notícias: “Desde a gestão de terras federais até ao tratamento de veteranos militares”. Concretamente, eram funcionários dos Departamentos do Interior, da Energia, dos Assuntos dos Veteranos, da Agricultura e da Saúde, e dos Serviços Humanos.
No total, somando os trabalhadores que foram demitidos e os que aceitaram o processo de rescisão em massa, as agências federais norte-americanas já perderam 3,67% da força de trabalho (84.500 de 2,3 milhões) em menos de um mês.
Relativamente ao processo de rescisões amigáveis, no dia 28 de janeiro foi enviado um email a milhões de funcionários públicos federais, oferecendo incentivos, como o pagamento do salário até setembro, caso aceitassem a rescisão. O email pedia resposta até ao dia 6 de fevereiro e bastava escrever “I resign” (“Eu demito-me”) no assunto da mensagem.