Já há acordo de cessar-fogo em Gaza. Israel e o Hamas chegaram a um entendimento ao fim de 15 meses de guerra. O primeiro-ministro do Qatar tem um conferência de imprensa marcada para esta tarde.
A informação foi avançada pelo The Times of Israel, que citava duas fontes, uma norte-americana e uma árabe. Posteriormente, Donald Trump antecipou-se ao anúncio da administração de Biden ao confirmar o acordo na sua rede social Truth.
"Temos um acordo sobre os reféns. Serão libertados em breve", saudou Trump, que toma posse no dia 20 de janeiro.
O acordo ainda precisa ser aprovado pelo gabinete do primeiro-ministro israelita.
O gabinete de Benjamin Netanyahu emitiu uma declaração. Dá conta de que um conjunto de cláusulas do acordo ainda estão a ser acertadas e limadas, mas que esperava que ainda esta quarta-feria à noite ficassem definidos
O anuncio oficial poderá ser feito a qualquer momento, em Doha. O primeiro-ministro do Qatar tem uma conferência de imprensa prevista para esta quarta-feira à tarde, em Doha
O acordo deverá entrar em vigor nos próximos dias.
O que se sabe?
Os detalhes ainda não foram avançados. Contudo, o acordo, que acontece após semanas de negociações meticulosas na capital do Qatar, promete a libertação de dezenas de reféns israelitas mantidos pelo Hamas em várias fases, a libertação de centenas de prisioneiros palestinianos em Israel.
Deverá implicar uma trégua de seis semanas, com a libertação de 33 reféns numa primeira fase e dos restantes numa segunda fase.
Em contrapartida, Israel deverá libertar mil presos palestinianos e retirar gradualmente os militares da Faixa de Gaza.
Por esclarecer está ainda quando e quantos palestinianos deslocados poderão regressar ao que resta das suas casas e se o acordo levará ao fim completo da guerra e à retirada total das tropas israelitas de Gaza, as principais exigências do Hamas para libertar os restantes refém em cativeiro.
Trump reivindica responsabilidade no acordo
Na rede social Truth, Donald Trump reivindica a responsabilidade no acordo.
"Este acordo épico só foi possível graças à nossa vitória histórica [nas eleições presidenciais norte-americanas] em novembro, porque mostrou ao mundo inteiro que a minha administração iria procurar a paz e negociar acordos para garantir a segurança de todos os americanos, e dos nossos aliados", diz.
Trump diz-se "entusiasmado" que "os reféns americanos e israelitas regressem a casa e se reúnam com as suas famílias e entes queridos".
"Com este acordo em vigor, a minha equipa de segurança nacional, através dos esforços do enviado especial para o Médio Oriente, Steve Witkoff, vai continuar a trabalhar de forma próxima com Israel e com os nossos aliados para garantir que Gaza nunca mais volte a ser um porto seguro para terroristas", promete Trump.
[Artigo atualizado pela última vez às 18:24]