
Israel anunciou hoje que atacou membros do Hezbollah no Líbano, durante uma visita de uma enviada dos EUA a Beirute para discutir o desarmamento do movimento libanês pró-iraniano e as reformas económicas no país.
O Exército israelita adiantou, em comunicado, que um dos seus aviões de combate atingiu "dois terroristas do Hezbollah que operavam um veículo de engenharia na região de Zibqin".
Foram atacados "enquanto tentavam reconstruir a infraestrutura terrorista do Hezbollah", referiu.
"O ataque levado a cabo pelo inimigo israelita na cidade de Zibqin (no sul do Líbano) fez dois mortos", confirmou, por seu lado, o Ministério da Saúde libanês também em comunicado, sem adiantar mais pormenores.
Apesar do cessar-fogo acordado em 27 de novembro com o movimento xiita libanês, Israel continua a realizar ataques no vizinho Líbano.
Na sua segunda visita ao Líbano, a enviada especial adjunta dos EUA para o Médio Oriente, Morgan Ortagus, esteve reunida no sábado e hoje com várias autoridades libanesas.
As reuniões centraram-se em "intensificar e acelerar o trabalho do Exército libanês para desmantelar a infraestrutura militar do Hezbollah, para que as armas fiquem sob controlo exclusivo do Estado, sem estabelecer um calendário", segundo uma autoridade libanesa que pediu o anonimato, citada pela agência AFP.
O acordo de cessar-fogo alcançado em novembro, após um ano de combates, previa que as forças do Hezbollah deviam retirar-se para norte do rio Litani, as tropas israelitas saíssem do sul do Líbano e que o Exército libanês se deslocasse para essa região para monitorizar a área e manter a segurança.
O Presidente libanês, Joseph Aoun, e o primeiro-ministro Nawaf Salam descreveram os contactos com a enviada norte-americana como "positivas", salientando que foram focados na situação no sul do Líbano e nas reformas económicas.
Hoje, Morgan Ortagus reuniu-se com o ministro das Finanças, Yassine Jaber, com o ministro da Economia, Amer Bisat, e com o novo governador do Banco Central, Karim Souaid.
A discussão centrou-se "nas reformas lançadas pelo Governo e no programa de reforma económica", segundo um comunicado do Ministério das Finanças, que anunciou reuniões este mês com o Fundo Monetário Internacional (FMI).