"O plano para esvaziar Gaza e submeter os palestinianos a uma deslocação forçada nos países vizinhos faz parte da continuação do regime sionista para aniquilar completamente a nação palestiniana", disse o porta-voz da diplomacia Iranian, Esmaeil Baqaei.
Trump propôs na terça-feira, em conferência de imprensa em Washington com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, "assumir o controlo" da Faixa de Gaza e reconstruí-la, transformando-a na nova "Riviera do Médio Oriente", depois de realojar definitivamente nos países vizinhos os palestinianos.
Trump disse ainda que os residentes da Faixa de Gaza "ficariam felizes" por sair, se tivessem a oportunidade de o fazer num "lugar agradável com fronteiras agradáveis".
O republicano não explicou como ou com que base legal executaria tal plano.
O alto comissário da ONU para os direitos humanos, Volker Türk, destacou na quarta-feira, em resposta ao plano de Trump, que "qualquer deportação ou transferência forçada de pessoas sem base legal é estritamente proibida".
As organizações de defesa dos direitos humanos também reagiram, criticando a proposta da Casa Branca e considerando-a ilegal.
A Human Rights Watch enfatizou que o direito humanitário proíbe a deslocação da população de um território ocupado.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do movimento palestiniano Hamas em Israel em 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar em grande escala, que provocou mais de 47 mil mortos, na maioria civis, e a destruição da maioria das infraestruturas do enclave, segundo as autoridades locais, controladas pelo Hamas desde 2007.
O conflito também provocou cerca de 1,9 milhões de deslocados, de acordo com a ONU.
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