Centenas de apoiantes de Donald Trump, acusados pela invasão do Capitólio, há quatro anos, começaram a ser libertados, depois de o agora Presidente norte-americano ter assinado um decreto que perdoa cerca de 1.500 pessoas.
Só de uma prisão de Washington D.C, por exemplo, foram libertados, na terça-feira, mais de 20 prisioneiros que estiveram envolvidos no motim de 06 de janeiro de 2021.
Entre as pessoas que saíram em liberdade encontram-se membros de grupos de extrema-direita como a organização ultranacionalista 'Proud Boys'.
Ex-condenado garante sentir-se "vingado"
Stewart Rhodes, ex-líder, do grupo Oath Keepers, foi um dos condenados que saiu em liberdade na terça-feira.
À saída da prisão, Rhodes disse sentir-se "vingado e validado" com a decisão de Donald Trump, que assinou um decreto, logo no primeiro dia como chefe de Estado, que perdoou os seus apoiantes que não aceitaram a vitória de Joe Biden, em 2020, e, por isso, invadiram o Capitólio.
O antigo líder do grupo de extrema-direita queixou-se de ter sido visado por ser quem é "e não por algo que tenha feito".
Rhodes estava a cumprir uma pena de 18 anos depois de ter sido considerado culpado de conspirar para o uso de força de forma a impedir o Congresso dos EUA de certificar a derrota de Trump nas presidenciais.
A decisão do Presidente norte-americano surgiu horas depois de cerca de 50 membros da organização ultranacionalista 'Proud Boys' terem marchado pelas ruas de Washington exigindo a Trump o perdão dos seus membros presos devido ao ataque contra o Capitólio.
"Isto é para 6 de janeiro, para os reféns, cerca de 1.500 pessoas que serão completamente perdoadas", disse Trump, ao assinar o decreto na Sala Oval da Casa Branca, na segunda-feira, acrescentando que o perdão irá incluir comutações de penas.