
O Dia do Concelho de Machico, ficou marcado por duras críticas da Iniciativa Liberal, que acusa o executivo municipal liderado por Ricardo Franco de continuar a apresentar discursos “vazios, sem ambição e completamente desligados das reais necessidades do território”.
Num comunicado enviado à imprensa, o Grupo de Coordenação Local da Iniciativa Liberal denuncia aquilo que considera ser a “profunda paralisia” em que Machico se encontra, após três mandatos do atual presidente. O partido lamenta a repetição de promessas vagas e a ausência de uma visão estratégica, considerando que “nada de relevante foi concretizado que possa ficar como legado”.
Entre os exemplos apontados estão a ausência de um plano de pormenor para os terrenos junto ao Porto de Recreio, a descaracterização da zona envolvente à Igreja Matriz, a demolição do Solar do Engenho no Porto da Cruz, o abandono do Parque Desportivo de Água de Pena, a falta de investimento no Caniçal e a estagnação do turismo de natureza e do sector agropecuário no Santo da Serra.
“Pior do que a falta de obra é a falta de vontade política. É o conformismo”, acusa o partido, considerando que o concelho vive “numa ilusão de estabilidade” quando, na verdade, está longe de atingir o seu potencial.
A Iniciativa Liberal não poupa também críticas à oposição, a quem acusa de não se demarcar, nem apresentar alternativas mobilizadoras, limitando-se a “acompanhar o ritmo morno do executivo”.
No final do comunicado, assinado por António Nóbrega, o grupo defende que Machico precisa urgentemente de uma “nova ambição”, com propostas sérias, investimento qualificado e uma liderança capaz de respeitar o património e valorizar as pessoas.
“Chega de discursos. Chega de marasmo. Machico merece mais”, conclui.