A Defesa Civil palestiniana disse hoje que pelo menos 17 pessoas morreram na sequência dos bombardeamentos israelitas contra a Faixa de Gaza efetuados nas últimas horas.

Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil, organismo controlado pelo Hamas, disse à Agência France Presse que o ataque mais grave foi contra o edifício de uma escola onde se encontravam grupos de deslocados do norte da cidade de Gaza.

Na escola morreram 11 pessoas e 17 ficaram feridas, incluindo mulheres e crianças, disse Bassal.

A mesma fonte adiantou que o bombardeamento contra o edifício escolar provocou um incêndio de grandes dimensões e que, por isso, vários corpos ficaram carbonizados.

A Defesa Civil acrescentou que, noutro local, quatro pessoas morreram e "várias estão desaparecidas sob os escombros" depois de uma bomba ter atingido uma zona residencial no leste de Gaza.

Um ataque contra uma casa em Jabalia, no norte, matou uma criança e outro ataque contra uma casa em Khan Yunhis, no sul, matou um civil, acrescentou Mahmoud Bassal.

O Exército israelita não fez qualquer comentário sobre os ataques realizados hoje de manhã.

Na terça-feira, as forças de Israel declararam ter destruído cerca de 40 máquinas de engenharia utilizadas para "fins terroristas", incluindo o ataque de 07 de outubro de 2023 contra território israelita.

O Exército israelita disse que o Hamas utiliza estes engenhos "para colocar explosivos, escavar túneis subterrâneos, romper as barreiras de segurança e limpar os escombros para encontrar armas e equipamento militar".

Israel retomou a ofensiva aérea e terrestre contra o Hamas em Gaza no passado dia 18 de março.

De acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, pelo menos 1.890 palestinianos foram mortos desde 18 de março, elevando para 51.266 o número de mortos em Gaza desde o início da ofensiva de retaliação militar israelita.

A guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas contra Israel em 07 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.218 pessoas, na maioria civis.

Das 251 pessoas raptadas, 58 continuam reféns em Gaza, 34 das quais estão mortas, segundo o Exército de Israel.