Além dos serviços atualmente disponíveis no portal Gov.pt, o governo quer que “as candidaturas ao Porta 65 Jovem” também passem a ser feitas por esta via, anunciou a ministra da Juventude e Modernização no Parlamento, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).

Margarida Balseiro Lopes explicou que quando o Gov.pt, que uniformiza canais de atendimento dos serviços públicos, foi lançado, o objetivo não era que tivesse logo todos os serviços integrados, mas que se fosse “fazendo essa integração”. A governante detalhou que ficou estabelecido que todos os “novos serviços que sejam disponibilizados têm que vir por defeito no Gov.pt”, dando, como exemplo, os “cheques-psicólogo ou os cheques-nutricionista”.

"Outro dos serviços que queremos transitar para o Gov.pt são as candidaturas ao Porta 65 Jovem", acrescentou em seguida, indicando que esta transição "é um esforço brutal". Este programa governamental tem como objetivo “apoiar os jovens dos 18 aos 35 anos no arrendamento de habitação para residência permanente, atribuindo uma percentagem do valor da renda como subvenção mensal”.

"Até ao final do mês de janeiro", a Administração Pública terá de "identificar os serviços que atualmente só estão disponíveis de forma presencial" e que podem passar a estar disponíveis de forma digital, à luz da "estratégia omnicanal", acrescentou.

Estratégia Digital Nacional apresentada nas próximas semanas

Segundo a ministra, a Estratégia Digital Nacional, que “traçará o caminho da transformação digital para Portugal até 2030”, vai ser apresentada "nas próximas semanas" . Além de ser assente em quatro dimensões fundamentais - Pessoas, Empresas, Estado e Infraestruturas -, "o tema do talento, da capacitação e formação das pessoas" vai ser um dos focos principais, adianta.

"É essencial", indicou, sublinhando que há "44% da população sem competências digitais", pelo que é necessária uma "aposta forte".

Situação do ataque informático à AMA está “corrigida”, mas é necessário um “grande investimento na Administração Pública”

Questionada sobre o ataque informático à Agência para a Modernização Administrativa (AMA), Margarida Balseiro Lopes indicou que não podia divulgar as "vulnerabilidades" que causou, mas reiterou que a situação está "corrigida".

"Temos que fazer um grande investimento na Administração Pública", admitiu, sublinhando que "infelizmente" estes "ataques vão ser cada vez mais frequentes".