
Esta terça-feira, durante a visita a uma escola em Fátima, Henrique Gouveia e Melo criticou a linguagem excessiva dos cartazes afixados pelo Chega que associam Luís Montenegro a José Sócrates e pede respeito entre adversários políticos.
“Julgo que é importante na política que o respeito entre concorrentes seja preservado. Acho uma linguagem excessiva, para lá em termos do que é normal em termos de oposição de ideias e uma linguagem excessiva pode ser ofensiva mesmo que não seja criminalmente reprovável no sentido legal do termo".
O primeiro-ministro pediu ao tribunal que ordene a retirada, no prazo de cinco dias, de todos os cartazes, afixados em diversos pontos do país, que o associam a José Sócrates enquanto protagonistas da corrupção em Portugal.
A providência cautelar foi apresentada a 14 deste mês no tribunal administrativo de Lisboa, mas a juíza decidiu ouvir primeiro André Ventura antes de tomar qualquer decisão.
"As eleições são soberanas"
O antigo chefe do Estado-maior da Armada foi, ainda, questionado pelos jornalistas sobre as eleições da Madeira, que decorreram este domingo, e que deram uma vitória quase maioritária a Miguel Albuquerque.
Sobre o assunto, Gouveia e Melo diz que a estabilidade política no arquipélago é importante para o país e defende que os políticos devem saber interpretar a vontade dos eleitores.
“O sistema partidário é essencial para a democracia porque é através dele que os cidadãos se organizam em interesses e esse sistema, para ser útil à democracia, tem de saber bem interpretar o resultado das eleições. As eleições são soberanas, portanto, quando a população vota dá um sinal muito óbvio a esses políticos”.
O PSD obteve nas eleições de domingo 62.085 votos (43,43%) e 23 lugares (mais quatro) na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados e ficando a apenas 1 da maioria absoluta.
Miguel Albuquerque esteve esta segunda-feira reunido com o líder do CDS Madeira para negociar uma coligação.
A SIC sabe que o cenário mais provável para o presidente do CDS Madeira é integrar o Governo de Albuquerque como secretário regional, excluindo a hipótese de ser presidente da Assembleia Legislativa. O acordo de Governo na Madeira vai ser formalmente apresentado na terça-feira.