Pela menos duas famílias de vítimas britânicas do acidente aéreo na Índia, no mês passado, que vitimou 242 das 241 pessoasa bordo, terão recebido os corpos errados.

Um advogado que representa as famílias em questão relatou ao Daily Mail que os familiares de uma das vítimas viram-se obrigados a abandonar osplanos que tinham para o funeral depois de serem informados de que os restos mortais que achavam ser do familiar eram, afinal, de um estranho.

Noutro caso, um pouco mais perturbador, restos mortais de mais de uma pessoa foram colocados num só caixão, o que obrigou a que fossem separados antes do enterro.

O erro foi detetado depois de a médica legista britânica responsável pela identificação dos cadáveres ter apurado que o ADN dos restos mortais não coincidia com as amostras fornecidas pelas famílias.

Pelo menos 12 cadáveres foram repatriados

Grande parte das mais de duas centenas de vítimas mortais foi enterrada na Índia, mas pelo menos 12 cadáveres foram repatriados, disse ao Daily Mail James Healy-Pratt, um advogado que representa muitas das famílias britânicas.

O especialista no ramo da aviação notou que, enquanto uma das famílias conseguiu realizar o funeral mesmo depois de ter recebidos vários restos mortais, a outra foi deixada “no limbo”.

"Não têm ninguém para enterrar porque era a pessoa errada que estava no caixão. E se não é um familiar deles, a questão é: quem é que está no caixão? Presumivelmente, é outro passageiro e os seus familiares receberam os restos mortais errados", reconheceu antes de apontar outro problema:

“A médica-legista também tem um problema porque tem uma pessoa não identificada sob sua alçada .”

As famílias envolvidas estão em contacto com o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, com os gabinetes do primeiro-ministro e do ministro dos Negócios Estrangeiros.

Motores pararam

O Boeing 787 da Air India que partiu aeroporto de Ahmedabad, na Índia, no dia 12 de junho, e que tinha como destino Londres, caiu sobre uma residência pouco depois da descolagem.

O The Guardian explica que, de acordo com um relatório preliminar divulgado há duas semanas, os interruptores que controlavam o combustível que era injetado no motor desligaram-se logo após a aeronave ter descolado. Quer isto dizer que os motores ficaram sem combustível e, consequentemente, deixaram de funcionar.