A escassez e o elevado custo do alojamento foram identificados como os principais entraves ao recrutamento de trabalhadores imigrantes na Região Autónoma da Madeira, durante a apresentação oficial da RCC Madeira, que decorreu, esta tarde, no Savoy Palace, no Funchal.

"O maior desafio que identificamos na Madeira é o alojamento. Os custos são elevados e a oferta é escassa. Este é um dos maiores entraves, e acreditamos que será fundamental criar condições para que as empresas que necessitam de mão-de-obra também possam garantir uma infra-estrutura adequada para alojar os trabalhadores, seja de forma partilhada ou através de outras soluções", afirmou Rute Silva, CEO da RCC Portugal.

Apesar do contexto desafiante, a responsável acredita que, devido à menor escala da Madeira, é possível criar num curto espaço de tempo estruturas habitacionais temporárias que respondam à procura crescente por mão-de-obra. "As empresas precisam de trabalhadores e, para isso, têm também de ajudar a criar condições dignas de acolhimento", sublinhou.

A RCC Madeira, que iniciou actividade na Região em Janeiro, tem como missão promover uma imigração legal e estruturada, recrutando trabalhadores em países como a Tailândia, principalmente para os sectores da Agricultura e da Hotelaria. A empresa opera há sete anos no território continental e trouxe agora a sua experiência para o arquipélago, onde já estabeleceu sede.

"Trabalhamos sobretudo com contratos de longa duração, superiores a um ano, e fazemos um acompanhamento completo dos trabalhadores desde o país de origem até à sua legalização em território nacional", explicou Rute Silva, referindo que o processo começa com formações e orientação pré-embarque, garantindo que os trabalhadores chegam informados sobre o trabalho, as condições de vida e a duração dos contratos.