
O termo “fadiga adrenal” remete para o “esgotamento” das glândulas adrenais, no contexto de tentativas do organismo em lidar com o stress a que é sujeito. O mau funcionamento destas glândulas leva a uma diminuição progressiva dos níveis de cortisol, afetando diversas funções no organismo, entre as quais o estado emocional e a energia.
As glândulas adrenais são duas glândulas endócrinas envolvidas por uma cápsula fibrosa, situadas acima dos rins. Estas são responsáveis pela libertação de hormonas em resposta ao stress (cortisol, adrenalina e noradrenalina), pelo funcionamento dos rins e regulação dos eletrólitos no plasma, bem como pela produção de androgénios, metabolismo de proteínas, gorduras e glicose.
O cortisol, uma das hormonas produzida pelas glândulas adrenais, responde sempre em situação de alerta do organismo. Desempenha um papel importante na forma como o corpo responde ao stress e é, portanto, uma hormona necessária, nas doses certas. Aquando da exposição do corpo ao stress, as glândulas produzem esta hormona, que é libertada na corrente sanguínea, sendo este comportamento a resposta natural do organismo a situações de stress.
Quando o organismo se encontra em situações de stress crónico, o cortisol mantém-se constantemente elevado, o que a nível de saúde se traduz na desregulação da glicemia e tensão arterial, ficando também o sistema imunitário comprometido. Leva a alterações do sono, diabetes e hipertensão. Posteriormente, quando as glândulas “esgotam”, o cortisol permanece baixo e os sintomas podem ser exaustão, fadiga, fraqueza e depressão. Desta forma, o elemento “chave” é manter a sua curva natural, ou seja, ao acordar, pela manhã os níveis do cortisol deverão estar mais elevados e, com o avançar do dia, a concentração deverá reduzir gradualmente, em que o valor mais baixo deverá ser ao final do dia. Assim, ajuda a que a pessoa durma, mantendo um padrão regular do sono, e se sinta bem.
A sintomatologia mais frequente num quadro de fadiga adrenal é a fadiga – física, mental e emocional – que não desaparecem com o descanso. Uma pessoa com fadiga adrenal pode-se sentir exausta, com baixa imunidade e ter dificuldade em recuperar da doença.
A causas da fadiga adrenal não são totalmente compreendidas. Existe controvérsia sobre se existe uma causa única ou várias causas para este distúrbio. Ou mesmo se a causa será física ou mental.
Mas, em qualquer dos casos, os sintomas são muito notórios para a pessoa e podem existir inúmeros potenciadores do quadro:
– Carências nutricionais
– Stress crónico
– Depressão e distúrbios do sono
– Disfunção imunitária
– Inflamação
– Desregulação da glicemia
– Desregulação da tiroide
Uma das principais formas de tratamento da fadiga adrenal consiste em adotar bons hábitos diários e ter uma alimentação saudável, isto porque as carências nutricionais podem comprometer a produção de ATP a nível das mitocôndrias. É importante adequar o aporte energético de forma a que não haja qualquer défice – por exemplo, num quadro de fadiga adrenal pode não estar recomendado fazer jejum intermitente ou passar muitas horas sem comer. Deverá reduzir, ou mesmo excluir, o consumo de cafeína. Para além disso, pode ser importante a suplementação para ajudar a reequilibrar as glândulas adrenais.
Se se identifica com estes sintomas, procure ajuda especializada na Clínica Pilares da Saúde, onde irá encontrar uma equipa de profissionais de saúde que o poderão ajudar – quer em contexto de consulta de Medicina Preventiva e Funcional, quer em consulta de Nutrição – sendo o objetivo ajudá-lo a reequilibrar o seu organismo e a devolver-lhe a qualidade de vida.
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