Foi hoje inaugurada, nos Paços do Concelho, a exposição 'Olhares de Origem', uma mostra inserida no âmbito do arranque da Semana da Diversidade, que convida à reflexão sobre "os rostos, olhares e histórias de quem escolheu o Funchal como novo lar".

Artigo relacionado: CMF celebra Dia da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento com nova campanha, veja o vídeo

Na ocasião, a vereadora Ana Bracamonte, com o pelouro da Diáspora e das Migrações, destacou que o objectivo desta exposição, resultante de um trabalho colectivo, passa por “captar com respeito, verdade e beleza o rosto e os olhares de quem veio de longe e agora reside na cidade do Funchal”.

Paralelamente, a autarca ressaltou o "carácter humano" da mostra, salientando que “cada olhar aqui retratado é um testemunho silencioso de pertença, de identidade e de resistência”, ao que agradeceu ainda que, de forma voluntária, todas as pessoas retratadas aceitaram partilhar a sua imagem e a sua história.

Além disso, a vereadora fez ainda um agradecimento especial ao fotógrafo Juan Gomes, ele próprio migrante, responsável pelos retratos apresentados. “Foi através da sua lente, e do seu olhar, que conseguimos captar estes instantes de humanidade que hoje partilhamos com todos vós”, realçou.

A autarca salientou ainda que a exposição permitiu um “virar da câmara para dentro, para reconhecer que a nossa terra é, actualmente, também um destino de chegada, de acolhimento e de diversidade”, pelo que considera que "era fundamental registar visualmente esta fase da nossa história colectiva".

Nesta exposição estão representados uma diversidade de países, tais como: o Egipto, Nepal, São Tomé e Príncipe, Angola, China, Itália, Tunísia, Paquistão, Alemanha, Ucrânia, Roménia, Brasil e a Venezuela.

"O futuro da cidade do Funchal escreve-se também com estas vidas, com estes rostos, com estes olhares”, vincou Ana Bracamonte.

A inauguração culminou com um momento musical protagonizado pelos artistas Sílvio VioBass e Buno Chitembo, músicos angolanos radicados no Funchal, que, através da música, incorporam uma dimensão de interculturalidade.