
O exército israelita afirmou hoje que matou mais de 20 comandantes da segurança iranianos desde o início dos ataques lançados na sexta-feira.
"Desde o início da operação, mais de 20 comandantes do aparelho de segurança do regime iraniano foram eliminados", incluindo comandantes da Guarda Revolucionária, o exército ideológico da República Islâmica, disse o exército israelita, em comunicado.
Entre as altas patentes militares mortas por Israel, encontravam-se o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Mohammad Hossein Bagheripara, o chefe do Corpo da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, ou o responsável da Força Aeroespacial da Guarda, a Amir Ali Hajizadeh. Todos foram já substituídos pelo líder espiritual do Irão, 'ayatollah' Ali Khamenei.
Do lado iraniano, foram confirmadas as mortes de dois membros da Guarda Revolucionária, num ataque israelita perpetrado hoje contra uma base no centro do país, indicou a agência de notícias Tasnim.
"Após um ataque brutal do regime sionista à base (...) em Zarandiyeh, dois membros da Guarda Revolucionária foram mortos", escreveu a Tasnim. Zarandiyeh fica a cerca de 100 quilómetros a sudoeste de Teerão.
Um outro ataque israelita, realizado por drone, matou o chefe da polícia de uma cidade no oeste do Irão e um polícia, informaram meios de comunicação locais.
"Esta manhã, o chefe da polícia, major Habibollah Akbarian, e o polícia Amir-Hossein Seifi foram assassinados num ataque com um drone em Assadabad", cidade situada 310 quilómetros a oeste de Teerão, de acordo com a agência de notícias ISNA.
Israel e o Irão estão em guerra desde a madrugada de sexta-feira quando Telavive bombardeou instalações militares e nucleares iranianas causando pelo menos 78 mortos, incluindo lideranças militares e cientistas, e centenas de feridos, segundo a diplomacia iraniana.
Os ataques israelitas, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão (norte) e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).
O Irão retaliou lançando centenas de mísseis contra território israelita, com explosões registadas sobre Telavive e Jerusalém, que mataram pelo menos três pessoas e deixaram dezenas de feridos.