
No início de julho, Przemyslaw Jeziorski, professor na Universidade da Califórnia, Berkeley, foi morto a tiro à queima-roupa quando se dirigia à casa da ex-mulher, em Agia Paraskevi, nos arredores de Atenas, na Grécia, para uma audiência de custódia dos dois filhos gémeos, de 10 anos. O atirador, com o rosto tapado, fugiu do local após disparar cinco tiros que atingiram o académico no peito e no pescoço.
Segundo a imprensa grega, o tiroteio ocorreu em frente à casa de Nadia Michelidaki, com quem se casou em 2014 e de quem se separou em 2018. O divórcio oficial só foi consumado no ano passado, após um processo litigioso que incluiu disputas pela guarda dos filhos e divisão de bens.
Em maio deste ano, o professor de marketing da Haas School of Business apresentou uma ordem de restrição contra a ex-mulher. Acusava-a de ameaças, tentativas de extorsão e agressões físicas por parte do seu atual companheiro, Christos Dounias.
Segundo o San Francisco Chronicle, no pedido de ordem de restrição, Przemyslaw Jeziorski acusou a ex-mulher de violar o acordo de custódia e de se recusar a renovar os passaportes dos filhos, impedindo-o assim de viajar com eles para visitar os avós paternos, que se encontram em idade avançada.
Cinco suspeitos detidos, incluindo ex-mulher
Duas semanas após o crime, as autoridades gregas detiveram cinco pessoas, entre as quais Nadia Michelidaki e o seu atual companheiro. Os outros três detidos são cúmplices, dois cidadãos albaneses, de 24 e 16 anos, e um búlgaro de 30 anos, segundo o The New York Times.
A primeira audiência teve lugar esta quinta-feira, e os suspeitos foram acusados de homicídio intencional.
O advogado da ex-mulher nega qualquer envolvimento no crime, embora as autoridades afirmem que ela terá mandado executar o homicídio, levado a cabo pelo seu companheiro, que já terá “assumido a responsabilidade” pelo assassinato de Przemyslaw Jeziorski.
Nadia Michelidaki, que se encontrava sob custódia policial, vai permanecer detida até à audiência marcada para 21 de julho, quando um juiz decidirá se deverá continuar presa enquanto aguarda julgamento.