
O antigo governador da região russa de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia e que foi alvo de uma ofensiva das forças de Kiev quando estava no cargo, foi detido sob a acusação de fraude.
O serviço de imprensa dos tribunais de Moscovo difundiu imagens do antigo governador de Kursk, Alexei Smirnov, a ser levado com algemas para o tribunal, que deverá emitir uma ordem de detenção provisória.
Alexei Smirnov, que dirigiu a região de Kursk entre maio e dezembro de 2024, na altura da ofensiva ucraniana lançada em agosto de 2024, viu as tropas de Kiev apoderarem-se de mais de mil quilómetros quadrados do território russo.
"Um tribunal da capital recebeu documentos destinados a escolher uma medida preventiva para o antigo governador da região de Kursk", afirmou o serviço de imprensa, sem especificar de que é acusado Smirnov.
De acordo com uma fonte policial entrevistada pela agência estatal TASS, Alexei Smirnov e o seu adjunto Alexei Dedov são acusados de "fraude", um crime punível com dez anos de prisão.
Caso poderá estar relacionado com um desvio de fundos
De acordo com os meios de comunicação social russos, o caso poderá estar relacionado com um desvio de fundos no âmbito da construção de fortificações de defesa na região de Kursk.
Smirnov deixou o cargo em dezembro de 2024, após apenas alguns meses à frente desta região que faz fronteira com a Ucrânia. De acordo com o decreto da altura, saiu de livre vontade.
Nos últimos meses, o exército russo retomou a quase totalidade do território ocupado pela Ucrânia na região de Kursk.
Em 13 de abril de 2025, as forças ucranianas controlavam apenas duas aldeias fronteiriças e pequenas áreas com cerca de 50 km2, de acordo com a análise da agência de notícias AFP dos dados fornecidos pelo Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla inglesa), um grupo de reflexão americano.
Kiev e Moscovo assinaram uma trégua que visa ataques a infraestruturas energéticas com ambos os lados a denunciarem repetidas violações.
Esta quarta-feira a Ucrânia acusou de 30 violações por parte do exército russo desde 25 de março