
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, falou este domingo ao telefone com o homólogo norte-americano, e expressou o apoio de Ancara "às iniciativas decididas e diretas de Trump para pôr fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia".
De acordo com um comunicado da Direção de Comunicação da Presidência turca, citado pela EFE, a conversa entre os dois líderes abrangeu as relações bilaterais entre a Turquia e os Estados Unidos, assim como questões regionais e globais.
O presidente turco sublinhou ainda que a Turquia espera que os Estados Unidos adotem medidas na luta contra o terrorismo, com um foco nos interesses turcos, ou seja, na luta turca contra o terrorismo curdo, tanto na Turquia como na Síria.
Erdogan referiu ainda a necessidade de concluir o processo de aquisição de caças norte-americanos F-16 para o exército turco e de reintegrar a Turquia, aliado da NATO, no programa dos caças F-35.
Na conversa telefónica com Trump, o chefe de Estado turco terá insistido também na importância de um trabalho conjunto para levantar as sanções contra a Síria. De acordo com o presidente da Turquia, isso contribuiria para restabelecer a estabilidade, garantiria o funcionamento da nova administração em Damasco e facilitaria o regresso dos sírios ao seu país.
A Turquia acolheu desde o início da guerra civil na Síria cerca de três milhões de refugiados sírios.Por outro lado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) turco emitiu este domingo um comunicado relacionado com a "anexação ilegal da Crimeia pela Rússia em 2014".
A nota recorda que a República Autónoma da Crimeia, na Ucrânia, foi anexada pela Rússia há 11 anos na sequência de um referendo ilegítimo.
"Reiteramos que não reconhecemos a situação de facto na Crimeia, que constitui uma violação do direito internacional, que apoiamos a integridade territorial e a soberania da Ucrânia", afirmava-se no comunicado do MNE turco.