
Dezenas de manifestantes foram detidos nos protestos que encheram as ruas dos Estados Unidos no sábado contra “o autoritarismo” do Presidente Donald Trump. Apesar das detenções, não foram registados grandes distúrbios e os protestos decorreram de forma geralmente pacífica.
Várias organizações convocaram 2 mil manifestações nos 50 estados dos EUA sob o lema ‘Não aos Reis’, enquanto na capital, Washington D.C., acontecia o controverso desfile militar para comemorar o 250.º aniversário das Forças Armadas.
Em Las Vegas (Nevada), onde se reuniram cerca de 8.000 manifestantes, 15 pessoas foram detidas — quatro delas menores — por crimes como agressão com arma mortal ou posse de arma perigosa, disse o Departamento de Polícia Metropolitana da cidade.
Em Nashville (Tennessee), a polícia deteve um manifestante que cobria o rosto com uma máscara e carregava consigo o que parecia ser uma arma de fogo, além de um cartaz no qual se lia: “Não me pisem”, de acordo com os meios de comunicação locais.
A polícia de Culpeper (Virgínia) prendeu um homem que conduzia de forma imprudente entre os manifestantes quando estes abandonavam o protesto.
Em Nova Iorque, a polícia indicou que 12 pessoas foram detidas por “atos criminosos” em vários protestos que ocorreram na cidade.
Crime no Minnesota
Em Los Angeles (Califórnia), onde ocorreu uma das maiores concentrações do dia, a polícia não deu conta de nenhuma detenção, embora os meios de comunicação locais tenham noticiado que os agentes usaram gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento contra os manifestantes.
Além disso, em vários vídeos divulgados nas redes sociais, é possível ver como vários polícias a cavalo empurravam alguns dos participantes, acusados de atirar pedras e garrafas às forças de segurança.
Em Austin (Texas), as autoridades prenderam uma pessoa em relação com a “ameaça credível” que levou à evacuação do Capitólio estadual antes do protesto.
Esta detenção ocorreu horas depois de dois congressistas estaduais de Minnesota, no norte do país, terem sido mortos em casa.
A democrata Melissa Hortman e o seu marido foram assassinados no que parece ser um ato de violência política, enquanto o senador estadual John Hoffman e a mulher foram baleados pelo mesmo agressor, disse o governador do estado, Tim Walz.