
O centro comercial Atrium Saldanha, em Lisboa, vai ficar fechado sem data prevista para reabrir na sequência dos danos causados pela depressão Martinho, revelou esta sexta-feira o espaço comercial.
Num comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, a empresa gestora do centro disse que os "ventos fortes que se fizeram sentir na madrugada do passado dia 20 de março causaram danos na cobertura do edifício" do Atrium Saldanha.
"Na sequência da verificação dos referidos danos, os mesmos encontram-se a ser avaliados e os trabalhos de limpeza e reparação encontram-se a ser diligenciados", acrescentou.
Afirmando que a prioridade é a "proteção e segurança dos clientes, trabalhadores, arrendatários e lojistas do edifício, bem como do público em geral", a empresa gestora indicou que o espaço "encontra-se temporariamente encerrado ao público, até estarem reunidas todas as condições de segurança".
No comunicado é revelado que estão a ser tomadas todas as diligências "para que a reabertura do edifício ocorra o mais brevemente possível, em data ainda a definir, dada a extensão dos danos".
"O encerramento temporário do Edifício Atrium Saldanha, que resultou de um fenómeno climático de gravidade excecional, revela-se, assim, indispensável para assegurar a plena operacionalidade do edifício e o restabelecimento de todos os requisitos de segurança e qualidade, essenciais para o seu funcionamento", acrescentou.
De acordo com o site do Atrium Saldanha, estão instaladas naquele espaço 53 espaços comerciais e mais de 30 empresas.
Segundo a Proteção Civil, foram registadas no continente pelo menos 8.800 ocorrências entre as 00:00 de quarta-feira e as 12:00 de hoje relacionadas com as condições meteorológicas adversas devido à passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes.
A depressão Martinho provocou sobretudo quedas de árvores e de estruturas, principalmente na madrugada de quinta-feira, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.
Estradas, portos, linhas ferroviárias, espaços públicos, habitações, equipamentos desportivos, viaturas e serviços de energia e água foram afetados, em especial nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Sul, registando-se um ferido grave e perto de uma dezena de feridos ligeiros.
O cenário de chuva e ventos fortes vai manter-se até sábado, segundo as autoridades.