A organização Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou hoje a morte de 19 pessoas em ataques israelitas no enclave palestiniano, entre a noite de segunda-feira e esta madrugada.

Nove pessoas, incluindo cinco crianças, foram mortas na noite de segunda-feira, num ataque a uma casa em Deir el-Balah (centro).

Esta madrugada, dez pessoas foram mortas em dois ataques, um na cidade de Gaza e outro em Beit Lahia (norte), disse à agência France-Presse o porta-voz desta organização de primeiros socorros Mahmoud Bassal.

Líderes de seis agências da ONU apelaram na segunda-feira aos governantes mundiais para "agirem com firmeza, urgência e de forma decisiva" perante o "total desrespeito pela vida humana" observado na guerra em curso na Faixa de Gaza.

Numa declaração conjunta, os líderes das seis agências, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Agência de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), sublinharam que há mais de um mês que nenhum abastecimento comercial ou humanitário entra no enclave palestiniano.

Em consequência, declararam, mais de 2,1 milhões de pessoas estão encurraladas, enquanto estão a ser bombardeadas e sujeitas novamente à fome.

"Enquanto isso, nos pontos de travessia, alimentos, remédios, combustível e materiais de abrigo estão a acumular-se e equipamentos vitais estão presos", salientaram na nota.

As autoridades de Gaza elevaram para mais de 50.700 o número de pessoas mortas na guerra que Israel trava no enclave palestiniano contra o Hamas, iniciada horas depois do ataque de dimensões sem precedentes cometido pelo grupo extremista palestiniano em território israelita a 07 de outubro de 2023, que fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 sequestrados.

Cerca de 1.400 mortes ocorreram desde 18 de março, quando o exército israelita quebrou o cessar-fogo assinado em janeiro com o Hamas e retomou os bombardeamentos e a ofensiva terrestre.