
Filho do Infante D. Luís, duque de Beja, e de Violante Gomes, apelidada de “A Pelicana”, D. António foi candidato à sucessão de D. Sebastião depois da morte deste rei na Batalha de Alcácer Quibir. Então, argumentou que os seus pais tinham-se casado em segredo, o que lhe dava precedência na linha de sucessão sobre o cardeal D. Henrique, que efetivamente herdou o trono. Dois anos depois, aquando da morte do Cardeal-Rei (janeiro de 1580)voltou a reclamar os seus direitos à coroa portuguesa, sendo então derrotado pelo exército comandado pelo duque de Alba que Felipe II de Espanha mandou para Portugal.
Entre 1582 e 1583, a causa de D. António manteve-se viva nos Açores, sendo então reconhecido como Rei na Ilha Terceira. No entanto, as forças de D. António foram vencidas pelas do marquês de Santa Cruz em 1583. A partir de então, e até à sua morte em 1595, D. António viveu entre França e Inglaterra, onde procurou manter viva a sua “causa”, apoiada sobretudo pela comunidade cristã-nova. Quem foi D. António, prior do Crato? Qual a validade das suas pretensões ao trono de Portugal? E será que chegou a ser Rei de Portugal, mesmo que por tempo breve?
Um diálogo descontraído em torno da História, dos seus maiores personagens e acontecimentos. 'A História repete-se' não é uma aula, mas quer suscitar curiosidade pelo passado e construir pontes com o presente. Todas as semanas Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho partem de um ponto que pode levar a muitos outros... São assim as boas conversas. Oiça aqui outros episódios: