
Num comunicado divulgado na quinta-feira, o órgão da ONU descreveu o ataque como "atroz e cobarde" e instou as autoridades paquistanesas a "levar os autores destes atos de terrorismo à justiça".
O Conselho de Segurança recordou que a maioria das vítimas eram menores, uma vez que 39 dos 53 feridos eram também crianças.
Os membros do órgão apelaram a todos os estados que "cooperem activamente" com as autoridades paquistanesas para "responsabilizar e levar à justiça os perpetradores, organizadores, financiadores e patrocinadores" do ataque.
Na quinta-feira, o ministro da Defesa paquistanês, Jauaja Asif, acusou a Índia de apoiar grupos terroristas, prometendo que o Paquistão vai apresentar provas que suportam estas acusações.
"O que dizemos é algo que vamos provar. Não são palavras vazias", disse Asif ao canal de televisão paquistanês Geo TV.
Asif declarou que o grupo separatista Exército de Libertação do Baluchistão (BLA) e o Tehrik-i-Taliban Pakistan (TTP) --- conhecido como talibãs paquistaneses --- operam como agentes do país vizinho.
"Não só o BLA, mas também o TTP, operam como agentes da Índia no Paquistão", denunciou o ministro, sublinhando que estes grupos recebem financiamento do país vizinho para realizar ataques no Paquistão.
"O que pode ser pior quando não se ataca combatentes, mas especialmente crianças e mulheres?", questionou.
Na quarta-feira, o exército paquistanês acusou Nova Deli de estar por trás do ataque ao autocarro escolar em Khuzdar, no Baluchistão.
O Conselho de Segurança da ONU alertou que "o terrorismo (...) constitui uma das mais graves ameaças à paz e à segurança internacionais" e recordou que "qualquer ato" deste tipo "é criminoso e injustificável, independentemente da sua motivação, onde, quando e por quem for cometido".
A Índia classificou as acusações do Paquistão infundadas e disse que Islamabad estava a tentar "desviar a atenção da reputação como centro global do terrorismo e esconder graves deficiências".
O ataque aconteceu quando as tensões estão a crescer entre os dois países, que trocaram ataques há algumas semanas, após um atentado na região de Caxemira administrada pela Índia que fez 26 mortos. Caxemira está dividida entre o Paquistão e a Índia, com ambos a reivindicar a totalidade do território.
A Índia afirmou ter provas do envolvimento dos serviços de informações paquistaneses no ataque em Caxemira, reivindicado pelo grupo islamita Frente de Resistência, tendo o Paquistão negado qualquer envolvimento.
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