
A missa que assinala o início do Conclave eleitoral do novo Papa será presidida pelo decano dos cardeais e o juramento dos funcionários e religiosos que acompanharão os trabalhos será celebrado na segunda-feira, anunciou, esta terça-feira, o Vaticano.
Segundo a sala de imprensa do Vaticano, a missa que vai assinalar em 7 de maio o início do conclave será presidida por Giovanni Battista Re, 91 anos, decano do Colégio Cardinalício, na Basílica de São Pedro, em Roma.
Dois dias antes, na Capela Paulina do Palácio Apostólico, terá lugar o juramento dos oficiais e religiosos que irão ajudar nos trabalhos dos cardeais.
"Todos aqueles que serão designados para o próximo Conclave, tanto eclesiásticos como leigos" devem "prestar e subscrever o juramento prescrito", referem os serviços de imprensa do Vaticano.
Numa extensa lista incluem-se o secretário do Colégio Cardinalício, mestres de cerimónias, o assistente de cada cardeal, religiosos, médicos e enfermeiros, quem trabalha nos elevadores do palácio, pessoal da cantina e dos serviços de limpeza, floristas, seguranças e os responsáveis pelo transporte dos cardeais entre a Capela Sistina e a Casa da Santa Marta, onde vão residir os mais de 130 eleitores.
Esta terça-feira, após mais uma reunião das Congregações Gerais [encontros de cardeais que decorrem durante a Sé Vacante para fazer a gestão corrente do Vaticano], o colégio agradeceu a presença no funeral do Papa dos "líderes das Igrejas não católicas e das comunidades eclesiais".
Na declaração final de agradecimento, o coletivo de cardeais agradeceu também a presença dos governantes, uma extensa lista que inclui o Presidente, primeiro-ministro, presidente da Assembleia da República e ministro dos Negócios Estrangeiros portugueses.
A presença de líderes políticos mundiais "foi particularmente apreciada como participação na dor da Igreja e da Santa Sé pela morte do Papa e como homenagem ao seu incessante empenhamento em favor da fé, da paz e da fraternidade entre todos os povos da terra".
Além disso, os cardeais quiseram "agradecer de modo particular às autoridades italianas, à cidade de Roma, aos serviços de segurança, à defesa civil, aos meios de comunicação social e aos trabalhadores, incluindo os funcionários da Santa Sé e do governo do Estado da Cidade do Vaticano, que contribuíram, com grande empenho e generosidade, para a preparação de tudo o que era necessário".
"Graças ao seu trabalho, tudo decorreu com ordem e tranquilidade", escrevem os cardeais no comunicado.
No domingo, decorreu o Jubileu dos Adolescentes e os cardeais agradeceram aos jovens presentes, que mostraram "o rosto de uma Igreja viva".
- Com Lusa