
O deputado à Assembleia da República e candidato do Chega pelo círculo da Madeira às eleições de 18 de Maio, Francisco Gomes, defendeu hoje a criação de contingentes de TVDE - Transporte Individual e Remunerado de Passageiros em Veículos Descaracterizados, “ajustados às características e limitações geográficas da Madeira”.
A medida foi defendida por Francisco Gomes, na sequência de uma reunião com Alejandro D’Abreu, Marcelo Fernandes e Félix Lugo, representantes da Associação TVDE da Região Autónoma da Madeira, para abordar os desafios enfrentados pelos operadores de transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados.
O parlamentar deu conta que a Associação está preocupada com a “profunda saturação no sector, que dificulta a sobrevivência das empresas já estabelecidas”.
De acordo com os representantes da Associação, citados pelo candidato em comunicado de imprensa, “houve um crescimento exponencial no número de operadores”, que passou de 16 para 264 empresas, com reflexos na mobiliade urbana.
Por outro, o deputado do Chega salientou o “impacto ambiental causado pelo aumento da frota, que agrava os níveis de emissão de gases na ilha”.
Para Francisco Gomes, os contingentes de TVDE propostos pelo Chega seriam uma “forma de preservar a sustentabilidade ambiental, garantir a mobilidade e assegurar a competitividade justa entre os operadores do sector”.
“Um modelo pensado para Lisboa ou para o Porto não pode ser imposto à Madeira. A nossa realidade é distinta e tentar aplicar as mesmas regras sem adaptação está a gerar desequilíbrios e a prejudicar a qualidade do serviço prestado aos locais e a quem nos visita”, sustentou.
O parlamentar do Chega afirmou ainda que, “caso não seja possível implementar contingentes a nível regional, é essencial que seja dada à Madeira a capacidade de adaptar a lei às suas especificidades territoriais e socioeconómicas”.
“A Madeira deve poder reger-se por critérios próprios neste sector, para que possamos garantir um serviço de qualidade, com regras claras e que respeite o equilíbrio entre mobilidade, ambiente e economia, até porque há TVDEs a trabalhar bem e esses têm de ser respeitados e valorizados”, concluiu.