
A presidência norte-americana anunciou esta segunda-feira o cancelamento da conferência de imprensa conjunta do Presidente Donald Trump e o primeiro-ministro de Israel, prevista para depois do encontro entre os dois na Casa Branca.
Um funcionário da Casa Branca anunciou que "a conferência de imprensa na Sala Leste não será realizada", sem acrescentar qualquer justificação.
O gabinete do primeiro-ministro israelita indicou que Benjamin Netanyahu esteve reunido, em Washington, com o enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio, Steve Witkoff, antes de se encontrar com Donald Trump.
A reunião decorreu na Blair House, a residência oficial onde costumam ficar os maiores aliados estrangeiros do Presidente norte-americano.
Em janeiro, Witkoff foi um dos mediadores para o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Entretanto, a 18 de março, Israel intensificou os ataques ao enclave palestiniano, onde já morreram cerca de 1.500 palestinianos, segundo as autoridades locais.
O que estará em cima da mesa no encontro?
As negociações para um novo cessar-fogo farão parte do encontro entre Trump e Netanyahu, assim como "o regresso dos reféns, as relações entre Israel e a Turquia, a ameaça iraniana e a luta contra o Tribunal Penal Internacional", de acordo com Telavive.
Também estará em cima da mesa a guerra comercial desencadeada pelo político republicano na semana passada. Trump anunciou tarifas aduaneiras de 17% para Israel.
O primeiro-ministro israelita é o primeiro líder estrangeiro a reunir-se com Trump desde aquele anúncio.
Netanyahu, que chegou a Washington no domingo, já se reuniu com o secretário de Comércio norte-americano, Howard Lutnick, para tentar conseguir que os EUA retirem as tarifas sobre Israel.
Na sequência da decisão de Trump, o ministro das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, pediu um "diálogo contínuo" com os EUA para tentar "reduzir os danos" das novas tarifas.
Com lusa.