A Câmara Municipal do Funchal vai assinar um contrato-programa com a empresa municipal SocioHabital, com o intuito de conceder um apoio de 818 mil euros. Esta empresa é responsável por gerir 33 complexos habitacionais da cidade.

O anúncio deste apoio foi feito pela presidente da Câmara Municipal, após a reunião de Câmara que aprovou o mesmo. “A SocioHabita é uma empresa municipal que gere 33 complexos habitacionais, onde residem cerca de 1.300 inquilinos, representando aproximadamente 5.000 pessoas”, sublinhou Cristina Pedra, evidenciando que esta estrutura “é um apoio fundamental para todos os que necessitam de uma habitação social”.

A necessidade deste apoio é justificada "tendo em conta que o valor mínimo da renda paga pelos inquilinos", que é de 44 euros e a média ronda os 65 euros, o que torna "evidente a necessidade de alavancagem financeira da empresa por parte da autarquia". Apesar do aumento dos custos operacionais, marcado pelo aumento da inflação e por um acréscimo de 100 mil euros em encargos com processamento salarial, a presidente salientou uma redução no financiamento à empresa municipal. “Reduzimos o apoio financeiro de 1 milhão de euros, em 2024, para 881 mil euros este ano, temos uma redução de cerca de 15%”, reforçou, garantindo que esta redução foi só possível graças a uma “gestão muito criteriosa". No entanto, esclarece que tal não vai afectar a política de habitação social.

Já no âmbito da Bienal de Design do Funchal, a Câmara Municipal de Niza ofereceu peças produzidas por artesãos locais, agora integradas no património municipal do Funchal. “É uma questão de registo, cadastro e actualização do património municipal. Levámos a deliberação para que as peças fiquem devidamente registadas”, explicou a autarca.

"A cidade está a mexer"

Cristina Pedra foi ainda confrontada com as críticas da oposição sobre alegados atrasos nos projectos urbanísticos e sobre uma alegada falta de dinamismo na cidade. A presidente garantiu que a cidade está a mexer. “Há projectos em construção e resolvemos muitas pendências que se arrastavam dos últimos quatro anos”, disse, apontando ainda contradições na narrativa da oposição: “Ora queixam-se de haver construção a mais, ora dizem que não há construção". "A verdade é que as taxas de loteamento e urbanismo bateram recordes face ao mandato anterior. E só há taxas quando há obras", indica.

No que diz respeito a crítica devido a falta de estacionamentos, a autarca recordou os esforços realizados pelo executivo: “Já criámos 280 lugares de estacionamento, com rastreio rua a rua e obras de adaptação. O nosso compromisso eleitoral está a ser cumprido com expropriações na zona do Curral Velho e outras bolsas de estacionamento”. Criticou, uma vez mais, a incoerência da oposição: “Diziam que não devíamos construir estacionamento na Praça do Município, porque traria mais carros. Agora dizem que faltam estacionamentos. Decidam-se”, atirou.