As autoridades sanitárias brasileiras aprovaram, esta segunda-feira, o registo de uma vacina em dose única contra a chikungunya, um fármaco desenvolvido pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica franco-austríaca Valneva.

De acordo com Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador do Brasil, o medicamento "demonstrou induzir produção robusta de anticorpos neutralizantes contra o vírus Chikungunya em estudos clínicos que avaliaram adultos e adolescentes que receberam uma dose".

A vacina conhecida pela sigla IXCHIQ é indicada para a prevenção da doença em pessoas com 18 anos ou mais, que estejam em risco aumentado de exposição ao vírus chikungunya e contraindicada para mulheres grávidas, pessoas com imunodeficiência ou imunodeprimidas.

O imunizante já havia sido aprovado por outras autoridades internacionais, como a Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, e a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), para a prevenção da chikungunya.

A chikungunya é uma doença transmitida pela picada de fêmeas infetadas do mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue.

O vírus da chikungunya foi introduzido no continente americano em 2013 e ocasionou uma importante epidemia em diversos países da América Central e ilhas das Caraíbas.

No segundo semestre de 2014, o Brasil confirmou, por métodos laboratoriais, a presença da doença nos estados do Amapá e Baia. Atualmente, todos os estados do país sul-americano registam transmissão desse arbovírus.

Segundo dados do Ministério da Saúde brasileiro, 42.785 casos prováveis de chikungunya foram notificados no país nos primeiros três meses deste ano, com 28 mortes.