A polícia da Pensilvânia deteve esta segunda-feira um suspeito do homicídio do CEO UnitedHealthcare, Brian Thompson. O homem foi detido para interrogação, depois de ter sido visto por volta das 9:00 num McDonald's em Altoona, na Pensilvânia, a 500 quilómetros do local do crime, Nova Iorque.

A denúncia foi feita por um funcionário do restaurante que o achou parecido com as fotografias divulgadas e alertou as autoridades.

De acordo com o The New York Times, o suspeito chama-se Luigi Mangione e tem 26 anos. No momento da detenção estava na posse de uma arma, um silenciador e cartões falsos muito parecidos com os usados pelo atirador.

Gary M. Baranec / AP

As autoridades da Pensilvânia acreditam que a identificação falsa é a mesma que foi entregue para fazer o check-in num hotel Manhattan a 24 de novembro, 10 dias antes do tiroteio.

O jornal americano adiantou, ainda, que o suspeito tinha tinha na sua posse uma arma impressa a 3D que a polícia acredita ser a que foi a utilizada para matar Brian Thompson e um "manifesto" escrito à mão onde criticava as seguradoras de saúde de darem prioridade aos lucros em detrimento dos cuidados.

Balas disparadas tinham palavras escritas

Recorde-se que o empresário, de 50 anos, foi baleado por um homem, com o rosto coberto, que estava a seis metros de distância e que disparou várias vezes antes de fugir. O diretor executivo da empresa de seguros ainda foi transportado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

As balas usadas para disparar contra o diretor executivo da UnitedHealthcare, Brian Thompson, tinham palavras escritas. Segundo as autoridades, nas cápsulas recuperadas no local do crime era possível ler termos como “negar”, “defender” e “depor”, termos usados pelos críticos da indústria seguradora para se referirem aos procedimentos usados para evitar o pagamento de compensações aos clientes.

Imagens das câmaras de vigilância mostram que o suspeito esperou que o empresário se aproximasse e de seguida disparou várias vezes, ferindo-o nas costas e na perna. Depois acabou por fugir numa bicicleta elétrica para o Central Park.

Os procuradores de Manhattan acusaram Mangione de homicídio, posse de armas de fogo e outros crimes, de acordo com o processo judicial divulgado online.

Mangione foi acusado e detido sem fiança no estado da Pensilvânia, após uma breve audiência em tribunal.

Notícia atualizada às 06h50 de dia 10 de dezembro