
"Há muito mais pessoas não identificadas, entre 10.000 e 20.000, que não declaramos [oficialmente], mas que são reais", sublinhou Maged Abu Ramadan, médico oftalmologista e antigo presidente da câmara de Gaza, entre 2005 e 2008, que se encontra em Genebra a participar na assembleia anual da Organização Mundial de Saúde (OMS), onde estão a ser discutidas várias resoluções relacionadas com os territórios palestinianos ocupados.
"Muito não estão identificados porque não dispomos de dados essenciais suficientes sobre eles, como documentos de identidade e data de morte, entre outros. Mas há muito mais pessoas não identificadas", disse o ministro,
Abu Ramadan disse que aos 53.000 mortos totalmente identificados e aos 20.000 por identificar devem ser acrescentados "milhares de desaparecidos, que não sabemos se estão sob os escombros ou detidos por Israel".
O ataque sem precedentes a Israel perpetrado pelo movimento islamita palestiniano Hamas a 07 de outubro de 2023, causou a morte de 1.218 pessoas do lado israelita, na sua maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais. 251 pessoas foram raptadas.
A campanha de retaliação israelita causou pelo menos 53.762 mortos em Gaza, a maioria dos quais civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados fiáveis pela ONU.
JSD // APN
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