
Um balanço inicial do autarca de Kiev, Vitali Klitschko, apontava para, pelo menos, três feridos.
Mais tarde, Klitschko escreveu na plataforma de mensagens Telegram que "quatro pessoas foram confirmadas como mortas na capital", depois de ataques que causaram 20 feridos, incluindo 16 que tiveram de ser hospitalizados.
Os serviços de emergência indicaram que Kiev foi alvo de um "ataque envolvendo drones e mísseis balísticos" que causou explosões e queda de destroços em vários bairros da capital, incluindo um incêndio num edifício de habitação.
De acordo com as autoridades civis e militares da cidade, os carris do metropolitano foram danificados pelo bombardeamento russo.
A companhia ferroviária nacional reportou danos nos carris na região, afetando o serviço de comboio que serve a periferia sul de Kiev.
Fora da capital, várias regiões reportaram bombardeamentos pesados russos.
Em Lutsk (oeste), não muito longe da fronteira com a Polónia, o chefe da administração militar regional mencionou "um ataque maciço com mísseis e 'drones'".
O ataque "destruiu parcialmente" um edifício residencial de vários andares, ferindo cinco pessoas, acrescentou Ivan Rudnytsky, no Telegram.
Também no oeste da Ucrânia, a região de Ternopil sofreu "o ataque aéreo mais massivo" desde o início da invasão russa, que causou cinco feridos, segundo o chefe da administração militar regional, Vyacheslav Negoda.
"Instalações industriais e infraestruturas foram atingidas", disse o autarca local. "Partes de Ternopil estão sem eletricidade e a pressão do abastecimento de água foi reduzida devido aos cortes de energia", acrescentou Sergei Nadal.
Na Rússia, o autarca de Moscovo, Sergei Sobyanin, informou hoje que a capital foi alvo de dez drones ucranianos durante a noite.
Três aeroportos que servem a cidade foram temporariamente encerrados, de acordo com a agência de transporte aéreo russa, que levantou posteriormente as restrições.
A troca de ataques surgiu depois de a Ucrânia ter atingido aeronaves militares russas em vários aeródromos no domingo, a milhares de quilómetros das fronteiras do país, numa complexa operação envolvendo 'drones' carregados com explosivos.
No primeiro comentário oficial da Rússia, a Presidência disse na quinta-feira que o líder Vladimir Putin abordou o ataque ucraniano numa conversa telefónica com o homólogo norte-americano, Donald Trump, na quarta-feira.
Também na quinta-feira, Trump declarou que talvez seja melhor deixar a Ucrânia e a Rússia "lutarem durante algum tempo" antes de as separar e procurar alcançar a paz.
Kiev pede garantias sólidas de segurança aos seus aliados, para evitar futuros ataques, ao passo que a Rússia quer uma Ucrânia "desmilitarizada" e que abdique dos territórios que Moscovo afirma ter anexado.
VQ (ANC) // APL
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