A RTVE, televisão pública espanhola, emitiu este sábado uma mensagem de apoio à Palestina, momentos antes de iniciar a transmissão da final da Eurovisão.

No ecrã, num fundo preto, podia ler-se: “No que toca a direitos humanos, o silêncio não é uma opção. Paz e justiça para a Palestina”.

Foi a resposta da RTVE à União Europeia da Radiodifusão (UER), organizadora da Eurovisão, que havia ameaçado multar a televisão espanhola caso os comentadores do festival voltassem a falar no número de mortos em Gaza.

Numa carta, dirigida à chefe da delegação espanhola, a UER recordou que as regras da Eurovisão "proíbem declarações políticas que podem comprometer a neutralidade do concurso".

O que se passou?

É que, na primeira semifinal, antes da atuação de Israel, os comentadores espanhóis questionaram a presença de Israel no festival, dada a guerra em curso em Gaza. Além disso, lembraram as "mais de 50 mil" mortes de palestinianos desde outubro de 2023.

Esta edição da Eurovisão - que a Áustria venceu e na qual Israel conquistou o segundo lugar - ficou marcada pelo conflito israelo-palestiniano, à semelhança do que aconteceu em 2024.

A presença de Israel no concurso este ano foi contestada por artistas que já participaram no concurso e pela televisão pública espanhola. Mais de 70 músicos, entre os quais Salvador Sobral, António Calvário, Fernando Tordo, Lena D'Água e Paulo de Carvalho, apelaram à União Europeia de Radiodifusão (UER), para que excluísse a participação de Israel.

Com Lusa