Se os portugueses fossem chamados às urnas, por estes dias, talvez não mudasse grande coisa. O cenário continua a ser de empate técnico, mas a Aliança Democrática está a afastar-se do PS.

A sondagem do ICS e do ISCTE para a SIC e o Expresso mostra que 26% dos inquiridos têm intenção de votar na Aliança Democrática, enquanto 24% assumem a preferência pelo Partido Socialista.

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16% de indecisos

Numa altura em que 16% dos inquiridos não sabem em quem votariam, o Chega mantém-se como terceira força política nacional com 14% das intenções de voto.

A lista fica completa com a Iniciativa Liberal com 3%, a CDU, o Bloco de Esquerda e o Livre têm 2% e o PAN 1%.

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Retirando destas contas os abstencionistas e distribuindo os indecisos a distância entre Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos aumenta em um ponto percentual mas mantém-se o empate técnico.

O afastamento dos dois principais partidos é muito ligeiro. Será que está relacionado com a avaliação que os eleitores fazem do desempenho do Governo?

Como está a trabalhar o Governo?

Sobre o trabalho que o Governo está a fazer, 45% dos inquiridos responde mau ou muito mau e 41% dizem que é bom ou muito bom.

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Ainda que ligeiramente, a maioria faz uma avaliação negativa do desempenho do Executivo de Luís Montenegro. Se compararmos as respostas com as que foram dadas em janeiro, quando António Costa ainda era o chefe de Governo, percebemos que há mais eleitores bem impressionados com este Governo do que havia com o anterior.

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Na política há uma velha máxima que convém nunca esquecer: a carteira é uma das principais conselheiras na hora de votar e de acordo com a maioria dos inquiridos a economia está na mesma. Quase a mesma percentagem acredita que piorou ou piorou muito.

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Qual o político com melhor nota?

Nesta sondagem também quisemos saber qual é a avaliação que os inquiridos fazem dos protagonistas políticos. A escala é de 0 a 10 e só dois têm uma avaliação positiva: Marcelo Rebelo de Sousa é o mais bem avaliado, com 6.1, e Luís Montenegro surge em segundo lugar. Pedro Nuno é terceiro com uma avaliação negativa, de 4.7.

Para encontrarmos André Ventura nesta lista precisamos de descer à oitava posição porque o líder do Chega tem uma avaliação mais negativa do que Rui Tavares, Nuno Melo, Rui Rocha ou Mariana Mortágua.

FICHA TÉCNICA:

Este relatório baseia-se numa sondagem cujo trabalho de campo decorreu entre os dias 9 e 20 de janeiro de 2025. Foi coordenada por uma equipa do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa) e do Iscte - Instituto Universitário de Lisboa (Iscte-IUL), tendo o trabalho de campo sido realizado pela GfK Metris. O universo da sondagem é constituído pelos indivíduos de ambos os sexos com idade igual ou superior a 18 anos e capacidade eleitoral ativa, residentes em Portugal Continental. Os respondentes foram selecionados através do método de quotas, com base numa matriz que cruza as variáveis Sexo, Idade (4 grupos), Instrução (3 grupos), Região (7 Regiões NUTS II) e Habitat/Dimensão dos agregados populacionais (5 grupos). A partir de uma matriz inicial de Região e Habitat, foram selecionados aleatoriamente 89 pontos de amostragem onde foram realizadas as entrevistas, de acordo com as quotas acima referidas. A informação foi recolhida através de entrevista direta e pessoal na residência dos inquiridos, em sistema CAPI, e a intenção de voto em eleições legislativas recolhida através de simulação de voto em urna. Foram contactados 3039 lares elegíveis (com membros do agregado pertencentes ao universo) e obtidas 805 entrevistas válidas (taxa de resposta de 26%, taxa de cooperação de 36%). O trabalho de campo foi realizado por 38 entrevistadores, que receberam formação adequada às especificidades do estudo. Todos os resultados foram sujeitos a ponderação por pós-estratificação de acordo com a frequência de prática religiosa e a pertença a sindicatos ou associações profissionais dos cidadãos portugueses com 18 ou mais anos residentes no Continente, a partir dos dados da vaga mais recente do European Social Survey (Ronda 11). A margem de erro máxima associada a uma amostra aleatória simples de 805 inquiridos é de +/- 3,5%, com um nível de confiança de 95%.