
“Dada a tradição e a importância da cultura da cebola na Região”, a Direcção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, através da Direcção de Serviços de Desenvolvimento Agronómico, revelou hoje que “tem dado especial atenção à divulgação das técnicas culturais mais adequadas”, estando ainda a efectuar “ensaios sobre as principais condicionantes desta cultura, nomeadamente pragas, doenças e efeitos das alterações climáticas”. Entre eles, destacam-se o ensaio de controlo biológico das principais doenças da cebola.
De igual modo, têm sido realizadas sementeiras em locais com características edafoclimáticas diferentes, “com o objectivo de verificar o seu comportamento e rendimento, bem como elaborados diversos folhetos informativos, de modo a melhor orientar os agricultores na identificação e controlo das principais pragas e doenças”.
A explicação foi avançada por Marco Caldeira, director regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, que, acompanhado do director de serviços de Desenvolvimento Agronómico, Rui Nunes, visitou a exploração do empresário agrícola José Jorge Moniz de Sá, localizada no sítio do Livramento de Cima, no Caniço.
Com uma área total 8.500 metros quadrados, esta exploração agrícola produz hortícolas variados, de acordo com um plano de rotação de culturas ao longo do ano, e ainda papaia. Toda a produção é escoada para o mercado regional. De destacar, o cultivo de cebola de variedades regionais, que ocupa uma área aproximada de mil metros quadrados e com uma produção que se estima nos 3.500 quilos.
Marco Caldeira aproveitou ainda a visita efectuada para reiterar o compromisso da Direcção Regional com os agricultores, afirmando ainda que “é importante que se continue a privilegiar as culturas com potencial de crescimento, a exemplo da cebola da Madeira, dada a elevada qualidade que evidencia e o aumento constante da procura, beneficiando também do reconhecimento do estatuto de Denominação de Origem Protegida”.